Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

José Rainha mobiliza 3 mil sem-terra no Pontal

Da Redação

Em 11/12/2010 às 12:38

O líder dissidente do Movimento dos Sem-Terra (MST) José Rainha Júnior está mobilizando massas de acampados e trabalhadores rurais neste sábado (11) para reivindicar a reforma agrária de uma área de 92,6 mil hectares no Pontal do Paranapanema.

As terras do chamado 15º Perímetro foram consideradas
devolutas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A gleba, entre os municípios de Euclides da Cunha Paulista e Teodoro Sampaio, contêm dezenas de fazendas produtivas e uma usina de açúcar. Rainha espera reunir neste sábado (11) 3 mil sem-terra no distrito de Engenheiro Taveira, em Araçatuba, no Oeste Paulista, para discutir as formas de ação.

Ele não descarta a invasão das propriedades pelos sem-terra. A justiça já se pronunciou, sendo que as terras são públicas e devem ser destinadas para assentar as famílias.

Desde que foi afastado dos postos de direção do MST, movimento que ajudou a criar, José Rainha segue no comando de um grupo dissidente, conhecido como MST da Base. Ele controla 12 acampamentos com cerca de 2,5 mil acampados no Pontal e na região de Araçatuba. Rainha tem ainda o apoio de sindicatos de empregados rurais ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Nas últimas ações, conseguiu a adesão de outros grupos de luta pela terra, como o Movimento dos Agricultores Sem-Terra (Mast) e o Unidos pela Terra (Uniterra). Seu plano é deslocar parte desse contingente para as fazendas tidas como devolutas. No caso da usina, que recebeu financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ele espera que o governo federal participe das negociações.

N
o encontro, deve ser aprovada uma carta endereçada à presidente eleita, Dilma Rousseff, com reivindicações para acelerar a reforma agrária na região. Prefeituras, petistas e aliadas cederam ônibus para o transporte dos participantes.

A União Democrática Ruralista (UDR), que representa os fazendeiros, teme uma escalada de invasões e violência na região.

(As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul)

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