Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Saneamento e MCMV são maiores preocupações do prefeito Tupã

Maycon Morano

Em 29/12/2010 às 17:04

Na apresentação do balanço de ações de seus dois primeiros anos de mandato, o prefeito de Presidente Prudente, Milton Carlos de Mello (Tupã, do PTB), se irritou ao falar sobre o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e da questão do saneamento do município. Ele os colocou como maiores preocupações de seu governo.

Sobre a possibilidade de a Prefeitura assumir o saneamento, ele afirmou que não o fará e é enfático: “Eu não vou criar um cabidão de emprego para gente mamar nas tetas da Prefeitura. Não vou fazer isso.”

Tupã não critica o serviço prestado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), mas quer que o valor da tarifa seja abaixado. “Todas as vezes que nós conversamos com a Sabesp, em nenhum dia foi proposto uma redução de tarifa. Mas eu não vou passar mais dois anos para entregar mais 30 anos de graça. Eu não vou fazer isso e vou cobrar. Se não houver desconto, não existe conversa”, esbravejou Tupã.

No início de 2011 ele adiantou que deve ser iniciado o processo licitatório para a concessão dos serviços de saneamento da maior cidade do Oeste Paulista. “Dia 3 nós estaremos soltando o edital e de nada impede que a Sabesp concorra. Não importa qual empresa que vai ganhar, a licitação estará aberta. Se nenhuma empresa fizer proposta de redução de tarifa, eu cancelo a licitação e inicio outra. Mas a Prefeitura não assume o saneamento”, esclareceu.

Já em relação ao Programa Minha Casa, Minha Vida, Tupã disse que o projeto não saiu, ainda por existirem “malandros mal intencionados”. “[Eles] querem ganhar dinheiro em cima. Existem os malandros da política, que não querem o bem da nossa cidade, que nós temos que enfrentar. Mas nós estamos enfrentando e vamos enfrentar mesmo! Doa a quem doer”, avisou.

Funcionários

Questionado sobre a possibilidade da abertura de um concurso público para a contratação de mais funcionários para as Pastas municipais, já que o secretário de Administração, Alberico Bezerra de Lima, admitiu ao Portal que faltam trabalhadores, Tupã foi enfático novamente: “Nós não vamos fazer loucura.”

Segundo ele, num dia aleatório foi realizado um levantamento e, dentre 4.100 funcionários ativos, aproximadamente 300 não estavam trabalhando. “Existem pessoas que são comprometidas com a população, mas têm aqueles que não têm compromisso. Por isso vamos pensar muito bem antes de fazer concurso”, falou. 

“As pessoas acham que porque trabalham no Poder Público podem ir trabalhar a hora que querem, e não é assim”, acrescentou.

Entretanto, ele ainda ponderou que será feito um estudo de impacto financeiro. “Não podemos ter uma folha de pagamento altíssima e não termos recurso para fazer investimento, mas se tiver necessidade, realmente nós vamos abrir essa exceção.”

Grêmio Prudente

De acordo com o prefeito, a vinda do Grêmio Prudente “foi excelente”. “Eu acho que no primeiro ano tudo é novidade. Mas tivemos a entrega do Centro de Formação de Atletas [CT do Jardim Everest], onde nós tivemos a participação muito boa dos empresários prudentinos”, destacou Tupã.

Sobre a receptividade da torcida, o “ex-santista” falou que o prudentino precisa retribuir. “Cidades maiores que nós, com o dobro de nossa arrecadação, não têm um nível do time do Grêmio Prudente. Se nós ganhamos um presente, cabe a nós, como cidadãos, correspondermos. O Santos era minha primeira equipe e passou a ser a segunda equipe porque minha cidade passou a ter um clube”, explicou.

2009/2010

Como um retrospecto dos dois primeiros anos à frente da Prefeitura prudentina, ele destacou as obras realizadas na Saúde e na Educação. “Tivemos o Cidadescola, a informatização das unidades escolares, laboratórios de informática em muitas escolas; Unidades Básicas de Saúde que estavam caindo, funcionários mofando dentro de prédio mal vistos, nós reformamos e interligamos todas elas”, lembrou.

Tupã também ressaltou o principal projeto cultural da cidade, o Centro Cultural Matarazzo. “Quando dissemos que íamos investir R$ 6 milhões naquele galpão que estava caindo aos pedaços, falaram que era loucura, e hoje está aí, o Matarazzo é realidade”, defendeu.

O chefe do Executivo ainda pontuou alguns projetos desenvolvidos. “Tivemos a concretização do Centro de Formação Antonio Zacarias; na questão ambiental melhoramos 200 posições no Programa Município Verde Azul no Estado”, disse Tupã.

2011

Em relação a projetos a serem desenvolvidos no próximo ano, o prefeito Tupã destacou vários, a começar pela assinatura que ocorreu nessa terça-feira (28) com o secretário do Estado de Cultura, Andrea Matarazzo, para a conclusão do Teatro do Centro Cultural, prevista para o aniversário de 94 anos da cidade em 2011.

O valor do convênio é de R$ 2.214.643,29, sendo R$ 1.845.536,08 de responsabilidade do Estado e R$ 369.107,21 provenientes de contrapartida do município. A licitação para contratação da empresa será publicada no início de janeiro.

Tupã ainda coloca outros “desafios” para o próximo ano e o restante de seu mandato. “Queremos realizar a instalação de novos distritos industriais, a reforma do Calçadão que vamos abrir processo licitatório em janeiro, o Centro Olímpico, os Jogos Regionais; queremos começar a implantar o novo aterro de Prudente; temos a pavimentação asfáltica; o Parque Aquático da Cidade da Criança que queremos colocar em operação urgente; o plano de arborização deve ser levado para o Ministério Público ainda em 2011; e esperamos que até o meio do ano todas as escolas da cidade tenham laboratórios de informática.”

Sobre a possibilidade de serem implantadas lombadas eletrônicas em Prudente, o prefeito disse que no perímetro urbano da Rodovia Raposo Tavares ele vai “exigir” que sejam instalados radares.

“A nossa cidade cresceu tanto que ela já está sendo dividida ao meio pela rodovia. Se você pegar do trecho da base da Policia Rodoviária até a ponte do Limoeiro, ali já virou um corredor urbano, no qual quem vem de fora não sabe que é perímetro urbano e abusa do excesso de velocidade”, explicou.

Em relação à possibilidade de lombadas no perímetro urbano, ele foi categórico ao afirmar “que não quer fazer disso isso fábrica de multas”. “Eu acho que desde que seja sinalizado para o motorista que em determinado trecho existe o limite de velocidade, eu sou a favor.”

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