Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Prevenção e caldo de galinha não fazem mal a ninguém

Eliseu Visconti*

Em 26/01/2011 às 12:58

Seguro morreu de velho. E o desconfiado está vivo até hoje.

Que os meus fabulosos leitores não se apoquentem, mas a presente história versa sobre prevenção e segurança. Negativo, não lhes estou oferecendo sopinha de galinha para prevenir dodói. O caso aqui é coibir a malandragem, inicialmente no mais importante quarteirão comercial de Prudente. Depois dessa tarefa, só o que resolverá serão as forças de paz da ONU, a SWAT ou o próprio Vitalino, sempiterno presidente do Sindicato Lojista, armado de peixeira e taco de beisebol.

Já faz tempo, bastante tempo, que as polícias civil e militar vêm trabalhando com o CONSEG-Centro – Conselho Comunitário de Segurança do Centro – para montar um sistema de vigilância e prevenção no centro de Prudente, baseado em câmeras de vídeo, capazes de identificar atos delituosos e pessoas de comportamento reprochável. Isto não é novidade nenhuma. Existem artefatos e instalações semelhantes em muitos lugares. Só para citar um exemplo, a cidade de Praia Grande tem mais de 1.000 maquininhas dessas instaladas, devidamente interligadas a um centro de computação, monitorado pela PM.

Como resposta a uma certa (grande) resistência dos comerciantes locais, que não pegaram bem o espírito da coisa, ou tinham paúra de gastar a sua rica graninha, o CONSEG Centro, em parceria com os membros natos – o comandante da 5ª Companhia do 18º Batalhão  e o delegado do 2º DP – e alguns abnegados membros efetivos, criou e está bancando um projeto piloto, que consiste na instalação de 14 câmeras no coração do comércio, ou seja, no quadrilátero formado pela Barão do Rio Branco, Joaquim Nabuco, Siqueira Campos e Ten. Nicolau Maffei. 

A coisa está funcionando e revela-se inteiramente viável, seja em termos técnicos como de custo. As imagens obtidas são de alta qualidade e o custo de implantação é irrisório. Um projeto dessa importância trará segurança e a indispensável sensação de segurança a lojistas, clientes e moradores do centro, que terão comprovado em definitivo que vale a pena desconfiar, para prevenir.

É necessário, todavia, que a população, como um todo, esteja consciente para o fato de que o maior inimigo da segurança é o progresso. O pecado dorme com a ambição.

É estranho que o constante desenvolvimento da tecnologia venha tirar um pouco da liberdade individual, mas confira segurança aos participantes dos destinos de uma comunidade.

E La nave va...

*Eliseu Visconti é jornalista e escritor

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