Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Respeito e preservação dos monumentos

Vitor Sapienza

Em 05/02/2011 às 10:32

Os monumentos históricos e artísticos são erigidos normalmente para a comemoração de um evento ou em homenagem a personalidades que se destacaram no mundo da política, das artes, dos esportes e outros segmentos da sociedade. Essas estruturas fazem parte da cultura e da história de um povo, de uma nação. E por isso merecem o nosso respeito e atitudes que contribuam para a preservação desses monumentos. Zelar por essas obras é praticar a cidadania.

Entretanto, não é raro presenciarmos cenas de desrespeito e até mesmo de vandalismo para com essas obras. Pessoas que escalam monumentos, retiram peças ou pedaços como "lembrança", picham e destroem. Além de promover danos ao patrimônio, colaboram para deteriorar a paisagem urbana. A meu ver, faltam a essas pessoas bom senso e educação.

Aqui mesmo, ao lado da Assembleia Legislativa, é comum vermos "turistas" escalando o Monumento às Bandeiras com o objetivo de posar para fotos, em flagrante desrespeito a essa memorável obra muito simbólica para São Paulo. Eu mesmo presenciei dias atrás cenas desse tipo.

Trata-se de um monumento executado pelo escultor italiano Victor Brecheret, em homenagem aos desbravadores Bandeirantes, inaugurado em 1954, quando das comemorações do 4º Centenário da capital paulista. É uma obra que serve de referência aos paulistanos.

Essa questão desrespeitosa é comum em todas as capitais brasileiras e outras cidades. Em São Paulo, o Poder Público está sempre às voltas com a limpeza, especialmente em razão de pichações, e restauração de monumentos, para repor a beleza e o significado dessas obras. Em alguns casos, com a repetição de atos de vandalismo, há a necessidade de cercar o monumento, isolando-o da proximidade do público e, com isso, turvando a paisagem.

Não gostaria de ver monumentos importantes de nossa São Paulo, como o Monumento às Bandeiras, circundados por altas cercas para evitar esse desrespeito. Mas se as pessoas, que são na verdade minoria, continuarem com esse comportamento, infelizmente tenho que defender a cerca e o isolamento do monumento, ainda que em prejuízo do ambiente paisagístico.

*Vitor Sapienza é deputado estadual pelo PPS, ex-presidente da Assembleia Legislativa, economista e agente fiscal de rendas aposentado.
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