Agência Brasil
Em 18/05/2011 às 08:13
O ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, prestou nessa terça-feira (17)
esclarecimentos sobre a matéria publicada pela Folha de S.Paulo, no
domingo (15), na qual o jornal noticia o aumento de seu patrimônio. Por meio
de e-mail enviado pelo assessor especial da Casa Civil, Thomas
Traumann, para a liderança do DEM no Senado e divulgado no final da tarde, o
ministro afirma que todas as informações relacionadas à sua evolução patrimonial
constam de sua Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física.
O texto diz também que todas as informações sobre a empresa Projeto e as
medidas tomadas para prevenir conflito de interesse foram registradas na
Comissão de Ética Pública da Presidência da República quando tomou posse como
ministro. Segundo o e-mail, a empresa Projeto prestou serviços para
clientes da iniciativa privada, tendo recolhido sobre a remuneração todos os
tributos devidos. Ele afirma ainda que o patrimônio auferido pela empresa foi
fruto da atividade de consultoria e é compatível com as receitas alcançadas nos
anos de exercício.
“No mercado de capitais e em outros setores, a passagem pelo Ministério da
Fazenda, BNDES ou Banco Central proporciona uma experiência única que dá enorme
valor a estes profissionais no mercado. Não por outra razão, muitos se tornaram,
em poucos anos, banqueiros como os ex-presidentes do Bacen e BNDES Pérsio Arida
e André Lara Rezende, diretores de instituições financeiras como o ex-ministro
Pedro Malan ou consultores de prestígio como ex-ministro Mailson da Nóbrega”
afirma o assessor da Casa Civil.
Ainda de acordo com o e-mail, “não há nenhuma vedação que
parlamentares exerçam atividade empresarial, como atesta a grande presença de
advogados, pecuaristas e industriais no Congresso. Levantamento recente mostrou
que 273 deputados federais e senadores da atual legislatura são sócios de
estabelecimentos comercial, industrial, de prestação de serviços ou de atividade
rural”.
A nota esclarece também que o objeto da sociedade foi modificado antes da
posse de Palocci para vedar qualquer prestação de serviço que implique conflito
de interesse com o exercício de cargo público. Ainda de acordo com o documento
enviado aos senadores, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República
concluiu que os esclarecimentos prestados pelo ministro quando da posse são
suficientes e descartou qualquer irregularidade.
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