Agência Brasil
Em 24/07/2008 às 08:35
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) reprovou a elevação da taxa básicas de juros (Selic), decidida nesta quarta-feira (23) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Em nota, a entidade criticou o “desentendimento entre as políticas monetária e fiscal” do governo e enfatizou que a alta dos juros prejudica os menos favorecidos.
“De um lado, temos uma política fiscal expansionista caracterizada pelo crescimento continuado do gasto público que, neste ano, deve aumentar 15%, incentivando a demanda interna. De outro, uma política monetária restritiva que adota alta seqüencial na taxa de juros — que já é uma das mais elevadas do planeta —, como a única saída capaz de frear a expansão do consumo e do investimento”, diz o texto do documento.
A entidade, no entanto, ressalvou que o país não deve permitir que a inflação internacional se torne presente no país. “O impulso inflacionário que a economia do Brasil vive neste momento é conseqüência de um vírus importado que adoece nações em todo o mundo. Não podemos, porém, ignorar o perigo de que se torne uma epidemia em nosso país.”
A Fiesp ainda sugeriu no documento que o governo retire todos os impostos dos produtos da cesta básica. “Numa efetiva demonstração de interesse em mitigar a questão social, o governo poderia remover, integralmente, os impostos sobre os produtos da cesta básica, que pesam no preço final de seus produtos. Isto teria um efeito imediato e positivo sobre as famílias de baixa renda, como já mencionamos as mais prejudicadas pela inflação”.
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