Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Globalização e a Reforma da Educação, por Shirassu Jr.

*Rubens Shirassu Júnior

Em 13/01/2014 às 17:36

(Foto: Ilustração)

De 80 para cá todos os Governos seguem uma cartilha política do tipo “fachada”, divulgando estatísticas que mostram a diminuição do analfabetismo e o aumento do ingresso da população ao ensino superior, porém, na prática, demonstra o tal “faz-de-conta” usando um marketing político, onde vende a imagem que somos um País democrático e, gradativamente, ocorre uma diminuição da miséria, além da desigualdade social.

Com o pensamento neoliberal na década de 80, surgiu a globalização. Podemos entender que a globalização neoliberal tem transformado a educação em ''comércio'' e algo rentável, esse o princípio básico do neoliberalismo. Não trazendo benefícios e sim, prejuízo à educação e à população, pois não está visando o cidadão como importante mas, sim, a política e o financeiro do País.

Trouxe mais um mundo tecnológico destinado a formar trabalhadores competitivos e com conhecimentos tecnológicos, nada social, nem pessoal. Apenas trazendo ao Brasil mais desemprego e fome. Não tentam extinguir o preconceito e sim equalizar, ou seja, apenas "abafar o caso".

Não trazendo solução alguma. Prejudicando a educação, pois só pensa no desenvolvimento do País e não do ser humano. Beneficiando apenas grandes multinacionais. Concluindo que, a Globalização neoliberal somente prejudicou a educação, visando apenas o interesse da Federação, deixando os problemas e as responsabilidades aos Estados e aos Municípios. Cabendo aqui aquele popular ditado: o rico cada vez fica mais rico, e o pobre cada vez fica mais pobre.

Por outro lado, as pesquisas revelam que 66% dos jovens que ingressam nas universidades, no Brasil, são analfabetos funcionais, demonstrando que o plano educacional é incorreto e puramente demagógico. Tal ação reflete também a face maquiavélica, de falta de respeito e bom senso aos cidadãos brasileiros que batalham por um salário vergonhoso e humilhante.

No âmbito geral, essas leis ferem os princípios de cidadania e dos artigos da Constituição Federal que garantem o acesso de qualquer pessoa a um ensino de qualidade, independente de raça, cor, credo e condição social.

Com a total falência e a perda da credibilidade das escolas públicas, por falta de estrutura, formação dos educadores e, principalmente, pela desmotivação dos baixos salários, o Governo Federal pretende que o ensino seja privatizado e administrado pelas escolas particulares, promotora da indústria do diploma.

Esse ardiloso estratagema formará uma geração constituída de uma mão-de-obra barata, com dificuldades para atualizações e especializações profissionais, pois, é óbvio, não sabe pensar e nem criar alternativas de sobrevivência, assim torna-se um típico boneco manipulado pelas grandes corporações estrangeiras, que continuarão a enriquecer às custas da crueldade do regime escravocrata alienante e institucionalizador.

De fato, a teoria neoliberal é oportunista. Primeiro prega a neutralidade do Estado, declara descaradamente que a educação é dispendiosa. Esse pensamento de investir em cursos profissionalizantes é um meio sorrateiro de desqualificar a PNE e formar docentes sem a mínima condição crítica.

Na realidade, a intenção neoliberal é exterminar a educação tradicional, pois sub-entende-se que o mercado capitalista precisa de mão-de-obra rápida para atender à demanda mercantilista e, para tal projeto a educação em um viés tradicional, não oferecendo rentabilidade. É uma realidade nacional devastadora.

Outra característica que fortalece essas ações é a visível raiz genética da cultura do medo imposta pelos senhores de engenho, dos conquistadores, que trouxe ao comportamento do latino-americano subserviente, vulnerável aos dogmas das religiões e à falta de ação política, entre outras repressões, ao refletir sobre a história da economia nos países do Terceiro Mundo.

A divulgação desse sistema neoliberal, comprovada historicamente a ineficiência do Liberalismo, seria um ornamento para encobrir o interesse do Estado, das escolas particulares e técnicas, dos deputados federais e senadores do Congresso que querem manter o Brasil atrelado aos grupos corporativistas e a países que exploram as Américas Latina e Central e grande parte do Oriente.

Seria um sistema global cruel e violento para favorecimento exclusivo aos mesmos capitalistas selvagens e tecnocratas segregacionistas, para que a Nação  torne-se, cada vez mais, dependente de suas ordens e de seus conceitos, onde prevalece o amoral do “vencer a qualquer custo” e o individualismo do “salve-se quem puder”.

*Rubens Shirassu Júnior é escritor

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