Martinópolis e Rancharia recebem espetáculo “Mãe do Ouro”

Os municípios de Martinópolis e Rancharia recebem, nesta semana, o espetáculo cênico-musical “Mãe do Ouro”, do Circuito Cultural Duke Energy. A iniciativa é gratuita e integra o projeto Canções Populares. Encenado pela ONG Teatro de Tábuas e elaborado para ocorrer em forma de um cortejo de rua e desperta o imaginário popular.

Em Martinópolis atração será realizada nesta terça-feira (13), às 15h. A estória da peça será contada em três paradas de aproximadamente 30 minutos cada, convidando a todos para acompanhar, cantar, ouvir e partilhar um pouco desse imenso universo cultural. O ponto de partida será a Escola Professora Adelaide Cesar de Moura Bastos, seguindo pela Praça dos Vereadores e encerrando na Escola Municipal Doutor Francisco Marques Bonilha.

“Recebemos esse espetáculo com muito prazer. Vai ser uma oportunidade de enriquecimento cultural de nossas crianças e também de toda a comunidade, já que a encenação será feita em espaço aberto, o que deve despertar a curiosidade de todos”, diz a diretora municipal de Cultura de Martinópolis, Simone Betti Marmoro.

No município de Rancharia a programação será na quarta-feira (14), também às 15h. Os artistas serão seguidos pelos alunos, partindo do cruzamento da Avenida Julio Lucan com a Dom Pedro II, passando pelo cruzamento da Avenida Pedro de Toledo com a Dom Pedro, finalizando a apresentação na Praça da Baixada.

Contos

Coletada pelo grande folclorista brasileiro Luís da Câmara Cascudo, a estória da “Mãe do Ouro” acontece nos tempos do garimpo, onde o escravo Pai João, após um longo período sem encontrar ouro nas minas de seu ganancioso patrão, recebe a visita de uma santa, uma entidade mística que lhe aponta o caminho para imensas pepitas, despertando ainda mais a cobiça do patrão cruel. No entanto, a santa pede ao cativo que não revele de nenhuma forma a localização da mina.

Contrariado com a recusa do homem, o patrão manda surrar-lhe severamente. A santa, então, aparece novamente e permite ao Pai João que diga a localização da mina, mas que se retire de lá ao meio-dia. Ele assim faz, e, neste exato horário, a mina desaba sobre o patrão, que nunca mais foi visto.