Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

"Cerol Fino" é suspeita de mortes de rivais em Venceslau

Da Redação

Em 19/02/2015 às 14:55

De forma cruel. O método utilizado nas mortes de detentos da Penitenciária 1 de Presidente Venceslau mostra, além de confrontos entre facções, um "novo poder" nos presídios paulistas. Formada há dois anos, a "Cerol Fino" é suspeita de assassinar dois rivais neste mês. Além de sofrer estrangulamento, os detentos tiveram a região do abdome cortada à navalha e as vísceras arrancadas.

Agentes penitenciários afirmaram que, desde sua criação, ao menos outros 11 homicídios foram cometidos pela facção em unidades prisionais do Estado. As informações são do Portal R7 e TV Record, em matéria publicada nesta quinta-feira (19). O nome do grupo é uma alusão às linhas de pipa que possuem caco de vidro. Usadas em disputas, cortam como navalha.

A primeira morte aconteceu no dia 2. A vítima foi o detento Francinilzo Araújo de Souza. Ele foi encontrado dentro da cela 124. O segundo assassinato ocorreu no último domingo (15). Cauê de Almeida foi achado na cela 145. Dois inquéritos foram abertos pela Polícia Civil para apurar os casos, classificados como "homicídio" e "vilipêndio de cadáver".

O nome do companheiro de cela de Almeida, que teria cometido o crime, é mantido em segredo pelas autoridades. No caso de Souza, os investigadores também suspeitam do detento que dividia a cela com a vítima. Trata-se de M. R. A., que já responde por outros dois homicídios.

Querem espaço

Uma comunicação entre integrantes da facção, que foi interceptada recentemente, dá conta de que o grupo criminoso quer um presídio inteiro só para seus membros.

Caso não consiga o objetivo, a facção ameaça fazer funcionários de unidades prisionais reféns. Ao menos 1 mil detentos já fariam parte da Cerol Fino. O líder é conhecido pelo apelido de “Lúcifer”.

Lotado

Com capacidade para 781 detentos, o presídio de Venceslau abriga atualmente 839 presos. A penitenciária é considerada um “barril de pólvora” por comportar detentos de diversas facções em diferentes raios.

Além da Cerol Fino, integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), do CRBC (Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade) e da carioca ADA (Amigos dos Amigos) estão detidos no presídio.

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