Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Em PP, teatro mineiro marca presença com cinco companhias

Da Redação

Em 20/08/2015 às 10:59

Das 24 grandes companhias que se apresentam durante os 10 dias de evento, cinco vêm de Belo Horizonte

(Foto: Guto Muniz/AI)

Na grade de programação do Festival Nacional de Teatro de Presidente Prudente (Fentepp), os artistas mineiros mostram que, no âmbito das artes cênicas, talento é o que não falta para eles.

Das 24 grandes companhias que se apresentam durante os 10 dias de evento, cinco vêm de Belo Horizonte e prometem contar boas histórias para o público, por meio dos espetáculos “Humor”, no dia 21, “O Som das Cores”, no dia 25, “Dente de Leão”, no dia 27, “Noturno” e “Os Gigantes da Montanha”, ambos no dia 29.

Confira as apresentações:

No dia 21, às 19h e 22h, no Matarazzo, tem o Grupo Quatroloscinco, como o "Teatro do Comum". O espetáculo parte dos diversos significados da palavra humor para explorar as manifestações corporais, os líquidos que correm dentro do organismo: nossos humores, os motores que nos fazem continuar existindo.

A peça discute ainda a relação com a passagem de tempo e com a ininterrupta e lenta morte do corpo. A proposta é jogar com as afetações e os estados emocionais para construir uma cena excêntrica, indeterminada, um terceiro lugar entre a comédia e o drama. Os ingressos custam de R$ 5 a R$ 17.

"O Som das Cores" será encenado no dia 25, às 10h e 14h, no Matarazzo. A Catibrum Teatro de Bonecos conta a história de Lúcia, uma menina cega de 15 anos, sai de casa em busca de seu cão, pois acredita ele roubou seus olhos.

Em sua jornada pela cidade, ela explora os sentidos da audição, da escuta e do tato, como que num labirinto de fantasia e imaginação. A tentativa de recuperar a visão se transforma na maior aventura de sua vida. Este roteiro cativante para teatro de bonecos é influenciado pelo poema “O Cego”, do checo Rainer Maria Rilke (1875 -1926), e pelo livro “O Som das Cores”, do taiwanês Jimmy Liao, de 56 anos. A entrada é gratuita.

No dia 27, às 20h, o Grupo Espanca! apresenta "Dente de Leão, no Matarazzo. Um grupo de alunos troca ideias sobre suas vidas e projeta o futuro enquanto mata aulas no auditório abandonado do colégio.

No final do ano, pais e professores juntam-se aos estudantes na esperada feira anual de ciências. Insatisfeitos com seus destinos, os estudantes preparam uma apresentação capaz de questionar as imagens que representam e abalam as instituições que os rodeiam. A dramaturgia colaborativa propõe uma visão sobre o delicado processo de aprendizagem a que as pessoas costumam ser expostas desde cedo nos contextos da família, da escola, do trabalho e da cena.

"Os Gigantes da Montanha" será encenado no dia 29, às 18h, no Parque do Povo. Do Grupo Galpão, a fábula trágica do italiano Luigi Pirandello (1867-1936) reaproxima o núcleo artístico mineiro do diretor conterrâneo Gabriel Villela, o mesmo da histórica montagem ao ar livre de “Romeu e Julieta” (1992).

O espetáculo especialmente convidado para o encerramento do Festival Nacional de Teatro de Presidente Prudente narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila mágica, povoada por fantasmas e governada pelo Mago Cotrone. O texto é uma alegoria sobre o valor do teatro (e, por extensão, da poesia e da arte) e sua capacidade de comunicação com o mundo moderno, cada vez mais pragmático e empenhado nos afazeres materiais. A entrada é gratuita.

No mesmo dia, no Matarazzo, tem Grupo Teatro Invertido às 20h. Tarde ensolarada de domingo, carne assada e cerveja em volta da piscina. O encontro casual de cinco colegas de adolescência mostra que o apego à mocidade, o frescor e o ímpeto juvenil dos personagens de classe média deram lugar a posições e discursos tradicionais, retrógrados, movidos pelo anseio de estabilidade e conforto.

Mas uma situação inusitada se impõe: o fim do mundo se aproxima lentamente e já se concretizou em outras regiões do planeta. Como reagir ao inexorável? A criação sugere uma metáfora para discutir as recentes transformações sociais e naturais vividas no mundo, especialmente no que diz respeito à perda de privilégios de uma elite que resiste em reconhecer o mau uso dos recursos naturais. Ingressos custam de R$ 5 a R$ 17.

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