Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Greve dos bancários já dura 23 dias, a maior desde 2004

Da Redação

Em 28/09/2016 às 09:55

Trabalhadores reivindicam reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando inflação de 9,31%

(Foto: AB)

A greve dos bancários, que entrou nesta quarta-feira (28) em seu 23º dia, já é a terceira mais longa desde 2004. Na época, a paralisação chegou a 30 dias.

Após reunião nessa terça-feira (27), o Comando Nacional dos Bancários disse que os representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) sinalizaram com um novo modelo de acordo, que passará a ter validade de dois anos, em vez de um, como ocorreu nos últimos anos.

“O acordo de dois anos pode ser uma boa alternativa, desde que traga ganho para os bancários”, falou Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. Em nota, a Fenaban reforçou que a negociação continuará. Segundo os bancários, uma reunião está marcada para as 15h desta quarta.

Os trabalhadores reivindicam reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando inflação de 9,31%; participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários acrescidos de R$ 8.317,90; piso no valor do salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24), e vales alimentação, refeição, e auxílio-creche no valor do salário mínimo nacional (R$ 880). Também é pedido décimo quarto salário, fim das metas abusivas e do assédio moral.

Atualmente, os bancários recebem um piso de R$ 1.976,10 (R$ 2.669,45 no caso dos funcionários que trabalham no caixa ou tesouraria). A regra básica da participação nos lucros e resultados é 90% do salário acrescido de R$ 2.021,79 e parcela adicional de 2,2% do lucro líquido dividido linearmente entre os trabalhadores, podendo chegar a até R$ 4. 043,58. O auxílio-refeição é de R$ 29,64 por dia.

A proposta dos bancos, apresentada no último dia 9, foi de um reajuste de 7% para os salários e benefícios, somado a um abono de R$ 3.300 a ser pago em até dez dias após a assinatura do acordo. O reajuste seria aplicado também no PLR.

“A proposta apresentada traduz o esforço dos bancos por uma negociação rápida e equilibrada, capaz de atender às demandas por correção salarial e outros itens da Convenção Coletiva, com um modelo ajustado à atual conjuntura econômica”, defende a Fenaban.

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