Da Redação
Em 26/10/2016 às 17:13
Tratamento de cães e gatos pode ser realizado no Estado de São Paulo, garante o médico veterinário e advogado
(Foto: Cedida/AI)
Questionada por especialistas e donos de animais acometidos pela Leishmaniose, a eutanásia é a forma encontrada pelo governo para combater a doença. Porém, o tratamento de cães e gatos pode ser realizado no Estado de São Paulo, garante o médico veterinário e advogado, André Luis Soares da Fonseca.
Na noite de terça-feira (25), ele participou de encontro para debater o tema na sede da 29ª Subseção da OAB de Presidente Prudente. "Atualmente há uma liminar através de ação civil pública que permite tratar animais nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, exalada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em maio de 2015. O veterinário não pode ser penalizado, no entanto, a população desconhece de tais procedimentos”, informa. A eutanásia animal em caso de Leishmaniose é regulamentada por lei de 1963.
Durante a palestra promovida pela Associação de Proteção aos Animais de Santo Anastácio (APASA), o médico veterinário esclareceu principais paradigmas sobre a doença como: sorologia como meio não confiável; o fato da Leishmaniose também ser uma DST (Doença Sexualmente Transmissível); prevenção através da castração; e a importância da conscientização sobre a eutanásia como método falido.
“Há inúmeras situações que são controversas e precisam ser esclarecidas, pois existe o aumento de casos da doença em todo o país. Existe um equívoco técnico em falar que a culpa é do cão, sendo que não é. A Leishmaniose também é considerada uma DST, ou seja, o homem contaminado pode passar para a mulher através do sêmen, que por sua vez, transmite ao possível feto; isso ocorre tanto em animais como em seres humanos pelo fato do vetor atacar somente mamíferos”, esclarece.
Anfitrião da Casa do Advogado, para o vice-presidente Dr. Wesley Cotini, o tema é importante para toda a sociedade, pois refere-se à saúde pública. “Por tratar de um interesse coletivo, a Casa do Advogado está sempre aberta para debater sobre assuntos como este, o qual inclui prevenção e fiscalização”, pontua.
Vacina
Conforme o veterinário Thiago Rossato, a prevenção pode ser realizada através de vacina recombinante contra a Leishmaniose Visceral Canina. “Viemos mostrar que há uma vacina regulamentada a qual é reconhecida como o melhor método eficaz de prevenção da Leishmaniose. Antes de ser imunizado com a vacina, o animal a partir dos quatro meses de vida, pode passar pelo exame de análise laboratorial. Caso o resultado seja negativo para Leishmaniose, o cão estará autorizado a tomar três doses com intervalos exatos de 21 dias no primeiro ano, e dose única anual após este procedimento", fala.
O custo é de R$ 130 por dose. “É válido ressaltar que o custo do controle pós a doença é muito mais alto do que a prevenção”, finaliza.
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