Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Investigações sobre organização continuam, diz MPE

Da Redação

Em 23/11/2016 às 00:02

Segundo Sarrubbo, as investigações revelaram a estratégia do crime organizado no sentido de influenciar a proteção aos direitos humanos

(Foto: Cedida/MPE)

"Se estivessem no Condepe, haveria grande possibilidade do avanço sobre as forças de segurança do Estado". Esta é a análise do subprocurador-geral de Justiça de Políticas Criminais e Institucionais do Ministério Público do Estado de São Paulo, Mário Sarrubbo, sobre Operação Ethos, que cumpriu 35 mandados de prisão. Os trabalhos foram conduzidos de Presidente Prudente, base das investigações iniciadas em 2015.

Dos 41 mandados expedidos, a maioria é contra advogados que colaboravam com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que comandava as ações das penitenciárias de Presidente Venceslau e Presidente Bernardes.

O plano da organização era “plantar” denúncias de violação de direitos humanos com o intuito de gerar desestabilização na segurança do Estado de São Paulo. Um dos presos é Luiz Carlos Santos, vice-presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe). Ele é acusado de receber uma mesada, no valor de cerca de R$ 5 mil.

Até hoje, ele teria recebido da organização criminosa cerca de R$ 130 mil. Um computador utilizado pelo vice-presidente do Condepe foi apreendido e seu conteúdo está sendo analisado.

Segundo Sarrubbo, as investigações revelaram a estratégia do crime organizado no sentido de influenciar a proteção aos direitos humanos.

Duas pessoas ligadas ao PCC tentaram ser eleitas para o Condepe, sem sucesso. Diante da tentativa fracassada, resolveram, então, cooptar o vice-presidente do órgão para atividades ilícitas.

“Se estivessem no Condepe, haveria grande possibilidade do avanço sobre as forças de segurança do Estado. Além disso, eles poderiam fazer um trabalho no sistema penitenciário, com intuito de usar o nome do Condepe”, declarou em entrevista coletiva.

Ele esclareceu ainda que, momentaneamente, "muitos detalhes" da operação ainda não podem ser divulgados, "uma vez que as investigações continuam em andamento". Sarrubbo reforçou que não existe indício do envolvimento de outros funcionários do órgão no esquema desbaratado pela Operação Ethos.

A operação Ethos vem mobilizando 65 promotores de Justiça em diversos municípios paulistas, numa investigação que já dura um ano e meio, incluindo Presidente Prudente e Presidente Venceslau.

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