Doença está associada a três fatores ambientais em PP, diz estudo
Da Redação
Em 25/11/2016 às 16:05
Em Prudente, coleta de sangue é realizada constantemente em cães para detecção da doença
(Foto: Arquivo/Secom)
A região do Oeste Paulista apresentou índice superior a 90% dos casos de leishmaniose visceral canina e humana registrados no Estado de São Paulo em 2014. O fato motivou a enfermeira e professora universitária Loris Aparecida Felício Daniel a pesquisar fatores ambientais relacionados ao avanço da doença em Presidente Prudente.
Segundo os dados, 26 cidades da região tiveram a incidência de cães com sorologia positiva no período de 2010 a 2015.
O estudo resultou no mapa prudentino da leishmaniose, com o maior número de ocorrências nas zonas leste, norte e oeste. Atualmente a população canina na cidade é estimada em 36 mil.
Conforme Loris, as ocorrências estão associadas a três fatores ambientais: bacias hidrográficas, fragmentos florestais e depósitos irregulares de resíduos sólidos. A abrangência da pesquisa contemplou quatro bacias hidrográficas urbanas, que são as do Cedro, Limoeiro, Cascata e Gramado.
"São locais que abrigam fragmentos florestais. Por serem áreas de menor densidade demográfica urbana, são as eleitas para depósitos clandestinos de lixo, nas quais a decomposição de material orgânico resulta em criadouros do mosquito-palha que é o transmissor da leishmaniose", comenta.
Ainda conforme ela, também são áreas de cães errantes, vítimas de abandono e que são contaminados pela doença. São áreas classificadas pelo estudo como fatores de risco para a dispersão da disseminação da leishmaniose.
O estudo científico foi desenvolvido junto ao Programa de Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, ligado à Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (PRPPG) da Unoeste. (Com Assessoria de Imprensa)
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