Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Estado quer isolar Marcola no RDD de Bernardes

Da Redação

Em 14/01/2017 às 11:11

O Governo do Estado quer pedir a manutenção por um ano no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) da Penitenciária de Presidente Bernardes de 12 chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC), entre eles Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, além de mandar quatro líderes para presídios federais. As informações são do Jornal Estado de S. Paulo.

O secretário da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, afirmou que, se houver reação da facção com ataques à polícia ou rebeliões em presídios, o Estado mandará Marcola e os outros 11 também para presídios federais.

“E não será para Catanduvas (PR), nem para Mato Grosso do Sul. Vamos mandar para Rondônia ou Mossoró (RN)”, afirmou. A ameaça contra a cúpula do PCC ficou consignada em parecer enviado pelo secretário à Justiça e anexado ao processo de internação dos presos. “Se presidiários adeptos da facção ou solidários com seus líderes” praticarem “motins ou outros tipos de incidentes graves em estabelecimentos prisionais com certeza esta secretaria solicitará a sua remoção (de Marcola) para uma das penitenciárias vinculadas ao governo federal”.

Gomes encaminhou o documento nesta semana. Ali expressa as razões de não mandar imediatamente todos os líderes da facção para presídios federais, como haviam pedido a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual (MPE). Segundo ele, a estratégia da secretaria desde 2012 é mandar para penitenciárias federais apenas os presos envolvidos em atentados contra policiais ou agentes prisionais ou que deram ordens para rebeliões no Estado.

Seriam transferidos o sequestrador Wanderson Nilton Paula Lima, o Andinho, Hamilton Luis Pereira, o Hidropônico, Fábio de Oliveira Souza, o Fabinho Boy, e Eric de Oliveira Faria, o Eric Gordão. Os quatro participaram, em 2016, do plano do PCC para voltar a matar policiais e agentes, desta vez, simulando assaltos. Os homens da facção fotografaram 10 agentes prisionais que seriam atacados e suas casas.

O motivo

Em dezembro, esses quatro presos e os outros 12 líderes do PCC que o governo quer manter em Presidente Bernardes foram internados preventivamente por 60 dias no RDD por decisão judicial. A medida foi uma consequência das investigações da Operação Ethos, que desarticulou o “sintonia dos gravatas”, o departamento jurídico da facção criminosa.

O RDD é um sistema de cárcere duro, no qual são proibidas visitas íntimas, e o banho de sol é restrito a uma hora por dia. (Com Jornal Estado de S. Paulo)
 

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