Asfalto da Raimundo Maiolini apresenta buracos após seis meses

Entregue no fim de dezembro, a obra de duplicação da Avenida Raimundo Maiolini - trecho inicial da rodovia vicinal que liga a cidade aos distritos -, em Presidente Prudente, já apresenta problemas na pavimentação da via, como buracos e trincamento da capa asfáltica, o que pode ocasionar acidentes e prejuízo a donos de veículos.

Os trabalhos entre o Conjunto Habitacional Tapajós ao Jardim Morada do Sol foram executados pelo Consórcio Prudente - formado pelas empresas Terracom Construções Ltda., que tem sede em Cubatão, e Salioni Engenharia de Prudente -, vencedor da licitação e responsável pelas iniciativas que integraram o Programa de Mobilidade Urbana na cidade.

Apesar de entregue em dezembro, pelo ex-prefeito Milton Carlos de Mello (Tupã), a obra teve sequência nos últimos meses, com a implantação de iluminação e acabamento da ciclovia.

Neste trecho, a reportagem contou cinco buracos, de diversos tamanhos. Segundo a Prefeitura de Prudente, através de nota enviada pela Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), infiltração e vazamento de água no solo foram os responsáveis pelo problema.

"A Secretaria de Obras notificou a empresa responsável e solicitou que estes reparos sejam realizados o mais rapidamente possível. Assim que as condições climáticas permitirem o problema será solucionado", diz a nota.

A reportagem procurou pelos representantes do consórcio, mas não obteve sucesso.

Mais problemas

Em setembro, foi realizado o recapeamento da Rodovia Raimundo Maiolini do trecho entre o Jardim Morada do Sol ao Distrito de Montalvão pela Companhia Prudentina de Desenvolvimento (Prudenco), com a utilização da nova tecnologia CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente), que promete maior durabilidade e qualidade no acabamento.

Porém, após nove meses, a via soma 12 buracos ao longo de aproximadamente 2,5 quilômetros. O Portal questionou a empresa de economia mista sobre a durabilidade do asfalto e o que pode ter provocado as crateras na pista. Contudo, a Prudenco não respondeu.

De Montalvão a Floresta do Sul

Em 2006, a Rodovia Raimundo Maiolini foi recapeada em toda sua extensão, somando 41 quilômetros entre o Tapajós - que não época ainda não existia - até Ameliópolis através de parceria com o Departamento de Estradas e Rodagem (DER).

Com média de durabilidade de 10 a 15 anos, o asfalto já sofre com abertura de crateras há um bom tempo. É o caso do trecho entre Montalvão ao distrito de Ameliópolis, alvo constante de reclamações de moradores e de operações de tapa-buracos após períodos de chuva.

A reportagem percorreu a via entre Montalvão e Floresta do Sul e contabilizou 52 buracos, sendo que um deles é praticamente uma valeta aberta em plena via. "Quanto à Raimundo Maiolini, a Secretaria de Obras esclarece que está sendo realizada uma operação de tapa-buraco no trecho entre Montalvão e Ameliópolis", garante a Prefeitura.

A promessa é que o trecho possa ser recapeado nos próximos meses. "A Prefeitura já levantou o custo para fazer o recapeamento completo da rodovia, porém ainda busca viabilizar, junto aos governos estadual e federal, os recursos necessários para a execução da obra, finaliza.

Menos de dois anos

Em alguns pontos da cidade, vias recapeadas entre 2014 a 2016 sofrem com a presença de buracos, como é o caso da Rua Alvino Gomes Teixeira, entre o Posto ZV ao Parque Primavera. Já na Rua Doutor Gurgel, no quarteirão entre a Avenida Brasil e a Rua Doutor José Foz, o asfalto apresenta desgastes. O mesmo ocorre na Avenida da Saudade, entre o Campus 1 da Unoeste até o Parque do Povo, com o esfarelamento da capa asfáltica.

Outro problema enfrentado pelos motoristas são as ondulações, que estão presentes na Avenida Manoel Goulart, em frente ao Museu; Avenida Ana Jacinta, na Cohab; e Avenida da Saudade, nas proximidades com o cruzamento com a Avenida Joaquim Constantino.