Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Após 20 dias, buracos permanecem na Raimundo Maiolini

Prefeito desconhece problemas em recapeamento e defende Prudenco

ROGÉRIO MATIVE

Em 08/07/2017 às 08:42

Caminhão invade pista contrária para desviar do buraco na pista; crateras aumentam riscos de acidentes

(Foto: ROGÉRIO MATIVE)

Após 20 dias, os buracos na Rodovia Raimundo Maiolini seguem atormentando a vida de motociclistas e motoristas que necessitam da estrada que interliga a cidade aos distritos de Montalvão, Floresta do Sul, Eneida e Ameliópolis.

Revelado pelo Portal, o recapeamento realizado recentemente apresenta problemas em alguns trechos da via. Porém, são desconhecidos pelo prefeito Nelson Bugalho (PTB), que defende o trabalho realizado pela Prudenco e classifica o asfalto de "ótima qualidade".

Nesta semana, a reportagem voltou ao local para conferir o trabalho de tapa-buracos e adequações que seriam feitos, segundo a Prefeitura. Contudo, apenas as crateras maiores foram tapadas, permanecendo várias imperfeições.

"Onde teve problema, a Prefeitura, se for uma empresa terceirizada que ganhou licitação, está sendo cobrada a adequação das empresas. Agora, o asfalto que é feito em Prudente, o recapeamento, é de ótima qualidade. Basta você dar uma volta nos bairros da cidade vai ver que a qualidade é excelente. O asfalto que a Prudenco faz é de muito boa qualidade", justifica o prefeito, em entrevista ao Portal.

A Raimundo Maiolini recebeu obras em dois trechos: os trabalhos entre o Conjunto Habitacional Tapajós ao Jardim Morada do Sol foram executados pelo Consórcio Prudente - formado pelas empresas Terracom Construções Ltda., que tem sede em Cubatão, e Salioni Engenharia de Prudente -, vencedor da licitação e responsável pelas iniciativas que integraram o Programa de Mobilidade Urbana na cidade. Já o trecho entre o Morada do Sol a Montalvão foi realizado pela Prudenco. A duplicação e recapeamento da via foram entregues no fim do ano passado.

Bugalho diz que desconhece os problemas mesmo após a Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) ser questionada pelos buracos na Maiolini. "Não conferi. A mim não chegou esses problemas. Tivemos um problema, não sei qual a empresa, na Cidade da Criança, um recapeamento no kartódromo. Isso já está sendo visto. Onde a Prudenco fez o recapeamento, o recapeamento é ótimo", argumenta.

Chuva?

"A questão não é então com a qualidade do asfalto. A questão é evidentemente as chuvas, que em um só fim de semana recente choveu 220 milímetros na cidade. Aí não tem asfalto que resista", justifica o prefeito.

Mas não é o que mostra o registro da Estação Meteorológica da Unesp de Presidente Prudente. Em junho, a precipitação mensal acumulada foi de apenas 44.2 milímetros em seis dias. Sem contar o mês de janeiro, tradicionalmente o mais chuvoso, apenas maio teve índices acima da média histórica para o período, com 163,2 milímetros em nove dias.

Outro argumento utilizado pelo prefeito é em relação a permeabilidade na Raimundo Maiolini, o que ocasionaria infiltrações. "Principalmente na Raimundo Maiolini, onde nós temos nas laterais da estrada onde a maior parte é terra. A água infiltra mesmo, isso pode acontecer. Mas não diz respeito a qualidade do asfalto que foi aplicado naquela rodovia", pontua.

Contudo, a reportagem também encontrou buracos e rachaduras no piso em trechos recapeados recentemente na Avenida Washington Luís e Manoel Goulart, realizados pela Prudenco, onde são mínimas as áreas permeáveis.

Recape duas vezes

No mês passado, Bugalho anunciou um pacote de obras de R$ 33 milhões. Nele, estão previstos os recapeamentos da Rua Álvares Machado e Avenida Ana Jacinta. Os locais receberam as melhorias na gestão passada, mas a nova capa asfáltica durou menos de um ano, como é o caso do trecho da Álvares Machado, entre a Avenida Coronel José Soares Marcondes à Rua 12 de Outubro.

Menos de dois anos

Em alguns pontos da cidade, vias recapeadas entre 2014 a 2016 sofrem com a presença de buracos, como é o caso da Rua Alvino Gomes Teixeira, entre o Posto ZV ao Parque Primavera. Já na Rua Doutor Gurgel, no quarteirão entre a Avenida Brasil e a Rua Doutor José Foz, o asfalto apresenta desgastes. O mesmo ocorre na Avenida da Saudade, entre o Campus 1 da Unoeste até o Parque do Povo, com o esfarelamento da capa asfáltica.

Outro problema enfrentado pelos motoristas são as ondulações, que estão presentes na Avenida Manoel Goulart, em frente ao Museu; Avenida Ana Jacinta, na Cohab; e Avenida da Saudade, nas proximidades com o cruzamento com a Avenida Joaquim Constantino

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