Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

"Os números são maiores", diz Pesaro sobre casos de violência sexual infantil

ROGÉRIO MATIVE

Em 14/07/2017 às 14:28

Números não mostram a realidade, segundo o secretário estadual Floriano Pesaro

(Foto: Rogério Mative)

Em levantamento realizado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, a região de Presidente Prudente somou 36 casos de violência sexual infantil. Porém, os números não mostram a realidade, segundo o secretário estadual da Pasta, Floriano Pesaro.

"Os números são maiores do que temos conhecimento, pois são subnotificações. A única forma de nós avançarmos é dar transparência aos números e as denúncias. Precisamos abrir canais de comunicação para que as denúncias apareçam. Nós sabemos que existem, mas não sabemos aonde e nem quantas são", diz o secretário de Desenvolvimento Social.

Os números correspondem a dados de 17 cidades da região do Oeste Paulista. Dos 36 casos no ano passado, 29 são de abuso e quatro de exploração sexual. Nantes aparece em primeiro, com oito registros. Prudente soma cinco casos.

"Eu não acho que os casos estejam aumentando. Eles são grandes, mas não sei mensurar quantos são. O que posso afirmar com segurança são os registros, que são oficiais", diz, alertando sobre a necessidade da população denunciar casos de violência sexual infantil.

Nessa quinta-feira (13), o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completou 27 anos. Uma das alterações realizadas neste ano prevê a infiltração de agentes de polícia na internet com o objetivo de investigar crime sexual infantil.

De acordo com dados do Disque 100, o Estado de São Paulo recebeu 2.300 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes, em 2016. Com relação ao grooming (assédio sexual na internet) e sexting (troca de fotos e vídeos de nudez, eróticas ou pornográficas na internet), há o total de 80 denúncias no Estado, num universo de 2.599, já que cada denúncia pode ter mais de uma violação de direito. As estatísticas dão apenas uma pequena mostra da gravidade do problema, devido ao receio em denunciar e a grande subnotificação dos casos.

"O trabalho de divulgação é fundamental. Os 36 casos [na região] são subnotificações; são poucos diante do que a gente ouve e dos casos que temos conhecimentos e não foram notificados", finaliza.

Serviço

Denúncias podem ser realizadas pelo Disque 100. Não há necessidade de identificação.

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