Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Quiosques do Parque do Povo entram na mira do MPE-SP

Promotoria exige pagamento de aluguel e fiscalização nos estabelecimentos

ROGÉRIO MATIVE

Em 20/07/2017 às 11:11

Segundo o promotor, a dívida dos comerciantes com a Prefeitura ultrapassa R$ 1,4 milhão

(Foto: Cedida/Promotoria de Justiça)

Instalados na área que abriga um dos cartões postais mais conhecidos de Presidente Prudente, os quiosques do Parque do Povo estão na mira do Ministério Público Estadual (MPE-SP). O promotor de Justiça do Urbanismo e Defesa do Consumidor, André Luis Felício, recomendou à Prefeitura que cobre judicialmente os aluguéis atrasados e fiscalize a situação dos estabelecimentos.

Segundo o promotor, a dívida dos comerciantes com a Prefeitura ultrapassa R$ 1,4 milhão. "Anos usando um lugar privilegiado como o Parque do Povo, vendendo lanches, salgados, porções, espetinhos e todo tipo de bebidas para um número de consumidores crescente que cada vez mais busca se divertir no local, sem contar os eventos festivos, e tudo com fácil estacionamento. Tudo isso sem pagar nada", pontua.

Após reunião nesta semana com representantes de várias secretarias municipais, André Felício recomenda a cobrança judicial dos aluguéis atrasados. "E, dependendo do caso, que o contrato não cumprido fosse revogado e o ponto retomado", avisa.

Ele pede ainda a imediata interdição dos quiosques sem alvará sanitário em dia. "Até porque, nestes casos, a própria saúde do consumidor estaria em risco", comenta.

A Prefeitura deverá ainda exigir a limpeza do local e fiscalizar a venda de bebidas a menores. "Nos casos em que o beneficiário estiver com contrato vencido, sua permanência dependerá da participação de nova licitação", reforça.

"Todas estas cobranças também foram estendidas às quiosques do Balneário da Amizade, cuja fiscalização é de responsabilidade da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, como também o comércio explorado em nossa estação rodoviária, cuja fiscalização fica ao encargo da Semav [Secretaria de Assuntos Viários]", diz.

Para tal, foi concedido prazo de 30 dias para a Prefeitura responder sobre as recomendações. "Em caso de não atendimento do regramento normativo, o que se daria através das providências sugeridas, o secretário poderia responder por improbidade administrativa, sem prejuízo da judicialização da questão com a propositura de ações civis públicas", alerta.

Outro lado

Em nota enviada à imprensa nesta quinta-feira (20), a Prefeitura de Prudente informa que todas as informações relativas aos estabelecimentos comerciais instalados em áreas públicas foram entregues ao promotor de Justiça na reunião desta semana.

O Executivo alega que analisa as recomendações feitas pelo MPE-SP e responderá todos os questionamentos no prazo previsto. "Quanto ao cumprimento das recomendações expedidas pelo Ministério Público  às Secretarias Municipais de Finanças, de Desenvolvimento Econômico e de Assuntos Jurídicos e Legislativos, acerca dos quiosques comerciais existentes no Parque do Povo e outros estabelecimentos alocados em área públicas, informa-se que o município está analisando e, dentro do prazo estabelecido, dará as respectivas respostas às recomendações expedidas pelo MPE", finaliza.

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