Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Estudo mapeia uso de ritalina sem prescrição por universitários de PP

Da Redação

Em 09/08/2017 às 10:19

Dentro dos 5% que sofreram com efeitos colaterais, 51,1% mantém o uso do medicamento

(Foto: Cedida/AI)

Comum entre os estudantes universitários, o metilfenidato é popular com o nome de Ritalina, um fármaco do grupo das anfetaminas que tem propriedades psicoestimulantes e que normalmente é utilizado no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e de narcolepsia.

Problema é que o uso sem prescrição tem sido observado com regularidade no ambiente universitário. É o que identificou uma pesquisa desenvolvida pela docente da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), doutora Angélica Augusta Grigoli Dominato.

O estudo buscou identificar a prevalência e efeitos colaterais do metilfenidato, em curto e longo prazo, nos estudantes de cursos de graduação na região de Presidente Prudente. Para isso foram avaliados 857 universitários, que responderam a questionários relacionados ao assunto após assinarem o termo de consentimento.

"Então se observou o alto índice de uso indevido do metilfenidato entre os acadêmicos, sendo o principal uso durante as provas bimestrais, com o intuito de melhorar a capacidade de concentração e aumentar o rendimento. Os efeitos colaterais foram também identificados, estes acontecem pela utilização abusiva, o que traz riscos de dependência química", comenta.

Resultados

A prevalência do uso de Ritalina entre os universitários foi identificada em 18% dos pesquisados, sendo que 10% assumiram fazer o uso sem prescrição médica, um risco à saúde. Entre os estudantes, 54% conhecem alguém que faz mau uso do medicamento e 49% consideram que a o metilfenidato é usado de forma abusiva em ambiente universitário, mas a pesquisa aponta as justificativas para o consumo.

A explicação de 12,7% dos alunos é que o medicamento aumenta a capacidade de concentração e o rendimento acadêmico, por isso, 21% sabem onde comprar o medicamento sem receita médica.

Efeitos colaterais

Dentre os que utilizam o fármaco sem prescrição, 61% se sentem cansados após o término do efeito, enquanto 59,2% afirmam sentir efeitos colaterais. De acordo com os relatos, 55,6% disseram sentir taquicardia, insônia e dor de cabeça; 48,9% ficaram com a boca seca e ansiedade; enquanto 46,7% perderam o apite e tiveram tremores nas mãos.

Dentro dos 5% que sofreram com efeitos colaterais, 51,1% mantém o uso do medicamento e, 19,7% aumentaram a dose para obter o efeito inicial.

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