ROGÉRIO MATIVE
Em 13/10/2017 às 08:11
Bugalho quer implantar um novo modelo de radares na cidade. O atual teve início em setembro de 2015, com valor anual de R$ 4.457.500
(Foto: Arquivo/Secom)
Em novo decreto publicado em atos oficiais, o prefeito Nelson Bugalho (PTB) nomeou uma nova comissão que será responsável pelo acompanhamento e elaboração das especificações e estudos técnicos visando a confecção do edital de licitação para a escolha da nova empresa que deve operar os serviços de monitoramento de velocidade em Presidente Prudente.
Na lista anterior, havia o nome do secretário municipal de Assuntos Viários, Oswaldo Bosquet, contrariando pedido do Ministério Público Estadual (MPE-SP). O órgão questiona a participação de Bosquet no novo certame, além de recomendar à Prefeitura a exoneração do chefe da Pasta.
No antigo decreto, estavam Bosquet, Marcelo Suenaga Kishi, Arcindino de Almeida Filho, Renato Golveia de Jesus e Dionísio Roberto Benez Crespo. Agora, a comissão conta com Carlos Augusto Nogueira de Almeida, Carlos Alberto da Silva Corrêa (Casagrande), Alberico Bezerra de Lima, Augusto Márcio Litholdo e Cádmo Lupércio Garcia.
Conforme antecipou o Portal, Bugalho quer implantar um novo modelo de radares na cidade. O atual teve início em setembro de 2015, com valor anual de R$ 4.457.500. O montante é quase cinco vezes mais o valor pago pela Prefeitura de Londrina/PR, com 553 mil habitantes.
Desde setembro, os radares pararam de funcionar na cidade após a Prefeitura decidir não renovar - pela segunda vez - o contrato com a Politran Tecnologia e Sistemas Eireli, de São Paulo. Nos últimos dias, a empresa inicio a retirada dos aparelhos instalados no município.
Briga na Justiça
Desde a implantação, os radares são questionados na Justiça. Neste ano, o Ministério Público Estadual (MPE-SP) recomendou à Prefeitura de Presidente Prudente que afastasse Oswaldo Bosquet do cargo de secretário municipal de Assuntos Viários por ele ser o autor da minuta do edital de licitação para a escolha da empresa responsável pela implantação dos equipamentos na cidade.
Na Vara da Fazenda Pública, o juiz Darci Lopes Beraldo aceitou pedido do Ministério Público para abertura de ação civil pública por improbidade administrativa contra o ex-prefeito Milton Carlos de Mello (Tupã), Oswaldo Bosquet, além da Prefeitura, Politran Tecnologia e Sistemas Eireli e Eduardo Alvarez Conradt.
Para receber a ação, Beraldo baseou-se em dois pontos: possível direcionamento do edital e defesas preliminares dos envolvidos sem esclarecimentos.
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