Ato em Rosana busca pressionar governo a desistir de privatização
Da Redação
Em 09/11/2017 às 13:18
Usina Hidrelétrica Sérgio Motta, em Porto Primavera, tem a barragem mais extensa do Brasil e seu reservatório soma 2.250 km
(Foto: ROGÉRIO MATIVE)
Suspenso desde setembro para adequação no edital, o processo de leilão da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) ainda segue causando o descontentamento de trabalhadores da Usina Hidrelétrica Sérgio Motta, em Porto Primavera, distrito de Rosana. Convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores Energéticos do Estado de São Paulo (Sinergia CUT), um protesto será realizado, nesta sexta-feira (10), na cidade.
"O alvo do governo tucano envolve as últimas três usinas que continuam agrupadas na Cesp em um processo de venda sem transparência, sem democracia, sem planejamento e sem preocupação ambiental, atingindo também a população da região de Rosana", diz o sindicato, em nota.
O ato, que espera reunir trabalhadores e população rosanense, será na Usina de Porto Primavera, às 7h. "A união da população da região de Rosana e do distrito de Primavera com os trabalhadores das usinas é fundamental para resistirmos contra a privataria tucana que, assim como o governo golpista e ilegítimo de Michel Temer, transforma um bem essencial ao desenvolvimento econômico e social em simples mercadoria, consequência da política neoliberal que compromete a qualidade da energia que chega à população, provoca aumento de tarifas e coloca em risco empregos e direitos", pontua o texto.
Na noite desta quinta-feira (9), às 19h, acontece uma audiência pública na Casa da Cultura de Primavera para debater sobre empregos, moradias, assentamentos, terras e comércio diante da privatização da Cesp.
Privatização
O governo paulista espera vender sua participação na empresa, de cerca de 40,6% do total. O restante já está nas mãos de investidores minoritários e em circulação na bolsa de valores paulista.
