Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Misto de preconceitos, Madame Satã é exibido pelo Cine Bosque

Da Redação

Em 14/11/2017 às 09:42

Filme faz parte da programação do mês da Consciência Negra; sessão gratuita começa 20h30

(Foto: Divulgação)

Amante, rebelde, homossexual, pai adotivo e marginal. Com história construída por vários adjetivos, João Francisco dos Santos tem sua vida contada no filme "Madame Satã", que será exibido nesta terça-feira (14), na tela montada no bosque do Sesc Thermas de Presidente Prudente. Com entrada gratuita, a sessão do Cine Bosque tem início às 20h30.

O longa-metragem retrata a vida da referência na cultura marginal urbana do Século 20, o transformista João Francisco dos Santos, antes de virar o mito "Madame Satã". Em novembro de 2015, o filme entrou na lista dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine).

A produção cinematográfica integra a programação especial do Sesc Thermas para o mês da Consciência Negra, formada por um conjunto de ações que refletem cenários, produções, personagens, crenças e valores da cultura negra, com o objetivo de fortalecer e valorizá-la para a construção de uma sociedade pautada no respeito à diversidade étnico-racial e cultural.

Até o fim do mês, dois filmes ainda são apresentados nas noites de terças. São eles: Faça a Coisa Certa (21/11) e Sangoma (28/11).

Mais sobre Madame Satã

Produzido em 2002, o filme com direção de Karin Aïnouz teve o nome emprestado do homônimo de Cecil B. de Mille, de 1930. A história se passa em 1932, momento em que o sonho de João Francisco, interpretado por Lázaro Ramos, - tornar-se uma estrela do palco - se transforma em realidade.

Negro. Pobre. Malandro. Nordestino. Homossexual. Analfabeto. O transformista que encantava o Carnaval com suas fantasias também era o pai de família que cuidou de seis filhos. A ambiguidade era uma característica sua e ele sabia disso.

Quando ainda não se falava abertamente em “transformista” e o termo “drag queen” nem havia sido criado, um sujeito violento, bom de briga e ao mesmo tempo delicado, gay e com notável talento artístico se tornaria uma das figuras mais mitológicas da cultura carioca.

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