Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Bate-papos marcam Dia Mundial de Luta contra Aids em PP

Da Redação

Em 29/11/2017 às 11:58

Em parceria com a Associação Prudentina de Prevenção a Aids (APPA), encontros ocorrem no dia 1° e 6 de dezembro

(Foto: Arquivo)

De ameaça à humanidade, o vírus HIV tornou-se infecção crônica com expectativa de vida similar a algumas patologias em geral. Porém, na questão social a evolução não foi a mesma devido a presença do preconceito e discriminação. Com o objetivo de abordar a questão comportamental e incentivar a prevenção e o diagnóstico precoce do HIV, o Sesc Thermas de Presidente Prudente realiza dois bate-papos a partir do dia 1° de dezembro, data em que é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Aids.

Na sexta-feira (1°), a psicóloga da Associação Prudentina de Prevenção a Aids (APPA), Jéssica Sabino, discute os desafios e armadilhas da sexualidade na adolescência, abordando o papel da família e dos serviços sociais no bate-papo "Protagonizando o Futuro".

Uma apresentação teatral de adolescentes dá início à atividade, que ocorre em dois momentos, às 9h30 e 14h, na área de convivência do Sesc. Podem participar crianças com mais de 10 anos e adolescentes.

Já no bate-papo "Políticas Públicas e Prevenção ao HIV/AIDS", o Sesc Thermas convida a coordenadora da Associação Prudentina de Prevenção a Aids (APPA), Carla Diana, para uma discussão sobre as políticas públicas de prevenção ao HIV e o papel do cidadão nessa luta, com o objetivo de informar e mobilizar a comunidade em geral não apenas da prevenção, mas no combate ao preconceito.

Voltado para profissionais da área da saúde e população em geral, com idade acima dos 16 anos, evento é realizado no dia 6 de dezembro, quarta-feira, às 8h30 e 15h, na área de convivência.

Mais sobre HIV

Neste ano, o SUS incorporou um moderno tratamento para o HIV. Em dezembro, começa a oferta de remédios de uso contínuo para a prevenção do vírus, a profilaxia pré-exposição (PrEP).

Outro avanço foi o reconhecimento, por autoridades dos EUA, de que a pessoa que está em tratamento eficaz não transmite o HIV, ou seja, está com o vírus controlado ou, no jargão técnico, indetectável. “Tanto a PrEP quanto o conceito de que indetectável – intransmissível’ podem revolucionar a sexualidade, tal como o anticoncepcional nos anos 60”, diz Carué Contreiras, médico sanitarista e ativista LGBT.

Do ponto de vista dos direitos humanos, porém, a história do HIV é de violência e de resistência. Milhões de mortes têm sido seletivas e expõem desigualdades em direitos. “A marginalização pela LGBTfobia é a principal razão para os altos índices do vírus em LGBTs [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros]. O grupo dos adolescentes LGBTS, desassistidos pela sociedade, é a parcela da população em que a epidemia cresce mais rápido”, comenta o especialista.

O número de pessoas que vivem com HIV ou Aids (PVHA) no Brasil pode chegar, em breve, a 1 milhão. Em Presidente Prudente, de janeiro a novembro deste ano, 67 pessoas foram diagnosticas com HIV, sendo 51 homens e 16 mulheres.

“Caladas, as PVHA aparecem mais na fala de terceiros, como exemplo negativo, desumanizadas em discursos de prevenção. Em debates de diversidade, PVHA são ignoradas. A sorofobia isola, afasta do teste e do tratamento e é a grande responsável, junto com as falhas do SUS, pelas 15 mil mortes evitáveis por Aids todo ano no país”, finaliza.
 

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