Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Prudente registra mais 26 casos de leishmaniose canina

Da Redação

Em 30/11/2017 às 13:01

Leishmaniose é transmitida pelo mosquito Palha; quintais devem ser limpos para evitar decomposição de folhas

(Foto: Arquivo)

Nesta quinta-feira (30), o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) divulgou mais 26 casos positivos de Leishmaniose Visceral Canina (LIVC) em Presidente Prudente.

Entre as confirmações, 24 são autóctones, ou seja, contraídos no próprio município. Agora, a cidade soma agora 358 casos da doença neste ano, sendo 344 autóctones e 14 importados.

O Jardim Vila Real lidera o número de registros nesse último balanço, com três confirmações. Com dois casos, estão Jardim Novo Bongiovani, Jardim Prudentino e bairro do Bosque.

Os demais bairros tiveram um caso em cada: Universitário, São Marcos, Parque Alvorada, Jardim Humberto Salvador, Vila Tazitsu, Residencial São Paulo, Brasil Novo, Vila Machadinho, Jardim Paulista, Jardim Estoril, Residencial Funada, Residencial Monte Carlo, Vila Flores, Panorâmico, Ana Jacinta, Jardim Bela Vista e Vila Industrial.

Debate

Nesta semana, ocorreu um amplo debate com abordagem clínica e epidemiológica sobre a leishmaniose visceral, desde que a doença foi detectada em 2005 em Dracena, depois de ter entrado no Estado de São Paulo em 1998 por Araçatuba. O evento foi realizado pela primeira vez na região de Presidente Prudente

O encontro foi promovido pelo Instituto Adolpho Lutz e reuniu profissionais de diferentes áreas do conhecimento e outras instituições além das envolvidas na realização: Hospital Emilio Ribas, Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), Vigilâncias Epidemiológicas de Prudente e Presidente Venceslau, e Secretaria de Estado de Saúde, por meio do seu departamento regional (DRS-11).

“Um dos momentos mais relevantes do encontro foi a interação entre os participantes e os palestrantes com um debate que durou mais de uma hora. Nesse momento foi possível a interação entre o conhecimento científico e a vivência do dia a dia dos presentes em questões delicadas como o sacrifício de cães doentes, a resistência dos proprietários na realização dos exames, a falta de opções no tratamento das pessoas doentes pelo número reduzido de medicações utilizadas, a dificuldade do diagnóstico em cidades pequenas, tanto de cães quanto de pessoas, o papel das ONGs protetoras dos animais e o polêmico tratamento de cães doentes com uma nova medicação [miltefosina]”, pontua o médico Luiz Euribel Prestes Carneiro.

A leishmaniose visceral é uma doença complexa, multifatorial e interdisciplinar, estando entre as doenças negligenciadas mais prevalentes no mundo, embora inseridas em programas estaduais e federais voltados para o diagnóstico precoce, tratamento de indivíduos e animais doentes, combate ao vetor (mosquito palha) e a busca por um meio ambiente em equilíbrio.

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