O sonho em reativar a ferrovia regional segue distante de ser concretizado. Após nova reunião realizada entre representantes de entidades prudentinas e da concessionária Rumo Logística, o impasse permanece em relação a tabela de demanda para o transporte de grãos na região de Presidente Prudente.
No encontro dessa terça-feira (5), o diretor comercial da empresa, Luís Neves, apresentou tabela alternativa para a operação ferroviária com base no atendimento à região. No entanto, a União das Entidades de Presidente Prudente (Uepp) alega que os números não são compatíveis com a solicitação feita em junho deste ano.
De acordo com a entidade, as demandas são de 500 mil, 750 mil e 1 milhão toneladas/ano. Por sua vez, a Rumo exige 3 milhões de tonelada/ano. "A estimativa de custos para a logística do perímetro de Presidente Epitácio, Ourinhos, Rubião Junior, Santos, Maringá a Paranaguá é de R$ 122/tonelada, o que indignou os presentes, já que conforme é divulgado pela própria Rumo em seu site, o trecho de Araucária/Canoas, cuja a quilometragem é similar ao nosso, é cobrado R$ 75/tonelada", explica o vice-presidente da Uepp, Marcos de Carvalho Lucas.
Para ele, não houve transparência da concessionária em relação aos números apresentados. "A tarifa é inserida veladamente à despesa de recuperação do trecho de Presidente Prudente a Presidente Epitácio, o qual encontra-se sucateado, criando uma dificuldade em fatores não cumpridos pela própria concessionária", finaliza.
Participaram da reunião representantes da Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente (Acipp), OAB, Ciesp/Fiesp e Sindicato Ferroviário Sorocabano.
Rumo
Após fusão com a ALL logística, a Rumo é composta de quatro concessões ferroviárias no Brasil, totalizando 12 mil km de ferrovias, cerca de 1 mil locomotivas e 27 mil vagões, por meio dos quais a companhia transporta commodities agrícolas e produtos industriais.
