Da Redação
Em 12/12/2017 às 10:51
Mapa traz ainda as informações sobre o número de cachorros infectados até o mês de dezembro
(Foto: Marcos Sanches/Secom)
Em Presidente Prudente, uma ferramenta online promete mostrar o índice de infestação de cachorros com leishmaniose por bairros e ruas da cidade. O objetivo é que a população possa acompanhar a evolução da infestação da zoonose e tenha acesso ao mapeamento da doença, com atualizações diárias sobre os números.
A ferramenta criada pela Secretaria de Tecnologia da Informação (Setec) atende a uma solicitação do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). O mapa pode ser acessado por meio do site: www.prudentedigital.com.br, no ícone “Mapa da Leishmaniose”.
O mapa traz ainda as informações sobre o número de cachorros infectados até o mês de dezembro (358), o número de animais que estão em tratamento (70) e o número de pessoas que foram infectadas pela doença em Presidente Prudente - dois casos, destes uma morte registrada. "É possível levantar ainda o número de casos em cada bairro ou rua e a localização onde estão os animais que foram infectados", explica o médico veterinário coordenador do CCZ, Célio Nereu.
Segundo ele, é preciso tomar medidas para evitar que os animais contraiam a doença que é transmitida pelo mosquito palha. “É um inseto pequeno, que gosta de lugares úmidos e escuros. Diferentemente de outros mosquitos, não é possível saber ao certo onde esse mosquito deposita suas larvas, o que torna mais difícil seu combate”, alerta.
"As melhores formas de prevenção são telas finas e repelentes. Ao contrário do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, que costuma se instalar em lugares com água limpa e parada, o mosquito palha gosta de ficar em lugares onde o solo é úmido, por isso a necessidade de capinar terrenos e recolher e ensacar imediatamente o mato e os restos de folhas, frutas e demais matérias orgânicas", reforça.
Outra dica para quem tiver cachorro é procurar mantê-lo em locais fechados durante a noite. "O mosquito palha é noturno. A ação deles começa ao escurecer e eles permanecem ativos até um pedaço da noite. Os animais devem, ainda, usar coleiras repelentes, e vale lembrar que existe no mercado uma vacina preventiva”, pontua.
Também é preciso evitar lixo e restos de folhas nos quintais, pois as fêmeas depositam seus ovos em solo úmido, sombrio e rico em matéria orgânica.
Tratamento
O médico veterinário cita a Nota Técnica Conjunta nº 001/2016 editada pelo Ministério da Saúde e Agricultura, que indica que foi registrado o medicamento Milteforan, princípio ativo Miltefosina, podendo ser utilizado para tratamento de cães com Leishmaniose Visceral Canina, conforme a Lei Municipal nº 9.250/2016.
A leishmaniose visceral caracteriza-se por febre de longa duração, perda de peso e de força e anemia. Além do cachorro, do ser humano, animais silvestres, raposas também são hospedeiras da doença. Nos humanos, se tratada de forma precoce, tem grande potencial de cura. Com o passar do tempo, no entanto, os sintomas vão se agravando e a doença atinge órgãos como baço e fígado.
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