Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Galindo nega ameaças e promete diálogo com vereadores

Secretário de Relações Institucionais admite divergências no PSDB

ROGÉRIO MATIVE

Em 11/04/2018 às 18:40

Galindo licenciou-se do mandato de vereador para assumir a Secretaria de Relações Institucionais neste ano

(Foto: Arquivo/AI Câmara)

Após ser chamado de "bobo alegre" e acusado de ameaças e perseguição a parlamentares em busca de aprovação de projetos, o secretário municipal de Relações Institucionais, Rogério Galindo, negou as afirmações do vereador Izaque Silva e viu com "estranheza" a "explosão" do parlamentar na tribuna da Câmara Municipal de Presidente Prudente, nesta semana. Ambos pertencem ao mesmo partido, o PSDB.

Na última segunda-feira (9), Izaque Silva usou a tribuna para reclamar da falta de diálogo e denunciar o companheiro tucano por promover ameaças contra vereadores. "Eu não consigo entender o porquê que um secretário do senhor prefeito, gravatinha, que não sabe o que é sofrimento, não conhece a periferia, procede como tem feito. Me atacando, fazendo uma série de barbaridades, se postando de forma de inadequada como secretário", disse na ocasião. Segundo o tucano, mais parlamentares sofrem perseguição e prometeu denunciar outros casos.

Vereador licenciado, Galindo afirma que viu com "estranheza" a postura tomada por Izaque Silva. "Minha posição é de estranheza, pois sou muito amigo do Izaque e minha família toda votou nele para deputado. É um cara bom, trabalhador, honesto. Não esperava essa agressão vinda do Izaque", fala, em entrevista ao Portal.

Galindo e Izaque Silva reforçaram o racha tucano instalado na sigla desde a eleição passada, quando houve manobra interna para selar apoio à candidatura do prefeito Nelson Bugalho (PSDB). Silva era contra e tentou lançar seu nome na disputa, que foi abafada pelo cacique do partido, o ex-deputado Mauro Bragato.

Neste ano, com a volta de Izaque Silva à Câmara Municipal após período como deputado federal, o governo e o PSDB se mobilizaram para manter a base de apoio no Legislativo e promoveram Galindo ao secretariado abrindo espaço a Wellington Bozo (PSDB), visto como apoiador governista. De quebra, restaurar a harmonia entre os Poderes e reverter os votos contrários.

O secretário de Relações Institucionais admite divergências no partido, mas rechaça as acusações de promover ameaças para aprovação de projetos. "Divergência no partido tem. Quem sou eu para fazer ameaças? Estou para conciliar as ideias entre Executivo e Legislativo. Fui nomeado por ter uma grande amizade com todos os vereadores e respeitar todas as opiniões. Não tenho inimizade com nenhum deles, nem posso fazer isso [ameaças]", pontua.

"Foi uma explosão dele. Começou falando sobre projeto para nome de rua. Mas foi a própria Câmara que fez o sorteio de nomes aos vereadores", cita. Durante a sessão, foi votada a manutenção ou derrubada do veto do prefeito Nelson Bugalho (PTB) ao projeto de autoria de Galindo para denominação de rua. Contudo, a via não existe, o que culminou no veto do Executivo.

Contra as afirmações de Izaque Silva, Galindo diz que conhece suas funções como secretário e promete ampliar o diálogo com os vereadores. "Quero trabalhar em paz. Vou procurar o Izaque para conversar. Estou com o coração em paz e pronto para ajudar os vereadores. Porque sei muito bem de minha função na secretaria", frisa.

Perguntado sobre os trabalhos para conquistar os votos necessários na aprovação do projeto de lei que reajustou as alíquotas da Contribuição de Iluminação Pública (CIP), Galindo minimiza sua participação na obtenção de nove votos no Legislativo.

"Foi o próprio projeto. Os vereadores tiveram consciência da importância da proposta favorecendo muita gente. Todo político é eleito para ajudar a população", conclui.

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