Agência Brasil e Redação
Em 12/04/2018 às 10:28
Medida pode beneficiar cidades da região. É o caso de Rosana, com duas hidrelétricas instaladas no município
(Foto: ROGÉRIO MATIVE/PORTAL)
O Senado aprovou, na noite dessa quarta-feira (11), projeto que amplia a compensação financeiras dos municípios onde são construidas usinas hidrelétricas. Originária da Câmara dos Deputados, a proposta foi aprovada por 43 votos favoráveis, uma abstenção e nenhum voto contrário e segue agora para sanção presidencial.
A medida pode beneficiar cidades da região localizadas no Pontal do Paranapanema. É o caso de Rosana, com duas hidrelétricas instaladas no município, além de cidades impactadas com as obras: Euclides da Cunha Paulista, Teodoro Sampaio, entre outras.
De acordo com o texto, a compensação recebida pelos Estados para a utilização dos recursos hídricos cairá de 45% para 25%. Já o retorno financeiro para as cidades vai aumentar, com a nova lei, de 45% para 65%.
Os 10% restantes continuam sendo devidos à União. O projeto tramita no Congresso Nacional desde 2009 e, para fazer as modificações, altera os percentuais da chamada Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos.
A principal justificativa da proposta trata dos impactos sociais gerados aos municípios onde são construídas hidrelétricas, como queda no emprego e na produtividade ocasionada pelo alagamento de certas áreas destinadas aos reservatórios das usinas.
Ao relatar o texto no plenário, o senador Fernando Bezerra (MDB-PE) lembrou as consultas feitas nos últimos anos, na Câmara e no Senado, às Prefeituras e Câmaras de Vereadores de diversos municípios, que se manifestaram favoravelmente à matéria. Atualmente, 21 Estados e cerca de 700 cidades recebem essa compensação na área hídrica.
"Consideramos que os municípios são os entes federativos que mais sofrem com os impactos das hidrelétricas e que, não obstante, têm menos alternativas econômicas para contornar os prejuízos e fazer frente às enormes pressões sociais. Por outro lado, os estados não serão tão prejudicados, uma vez que dispõem de muitas outras formas de geração de renda e arrecadação", escreveu o senador Cidinho Santos ao relatar o projeto na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
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