Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Megaoperação prende 40 pessoas na região de Prudente

Comandantes de facção lideravam grupo de penitenciarias, diz polícia

Da Redação

Em 19/04/2018 às 17:44

Cerca de 320 policiais participaram da operação para o cumprimento de 52 mandados de prisão temporária

(Foto: Cedida/PC)

Após sete meses de investigações, a Polícia Civil desencadeou a Operação "Damocles", na manhã desta quinta-feira (19), culminando na prisão de 37 pessoas envolvidas com associação criminosa na região de Presidente Prudente. Ao todo, os trabalhos somam 50 detidos.

Com apoio do Ministério Público Estadual (MPE), Polícia Militar e Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), 320 policiais participaram da operação para o cumprimento de 52 mandados de prisão temporária e 44 mandados de busca e apreensão em 50 residências de Presidente Epitácio.

Dentre os investigados, 13 já estavam encarcerados, sendo que alguns deles foram presos em flagrante no decorrer da operação e seis residentes em outros municípios da região e fora do Estado.

A investigação foi iniciada a partir de informações encontradas em um celular de uma pessoa que foi presa em flagrante por tráfico de drogas em março do ano passado. A operação desarticulou uma organização criminosa chefiada e integrada por “comandantes” de facção, sendo que a maioria liderava o grupo do interior de penitenciarias.

Segundo a polícia, eles se comunicavam por telefones celulares, "com estrutura e seguimento próprio de criminalidade violenta organizada, voltada a obtenção de lucro com o tráfico ilícito de drogas e atuação efetiva na cidade de Presidente Epitácio".

"O que despertou a atenção dos policiais civis no início dos trabalhos foi a constatação de vínculo de alguns jovens frequentadores das baladas noturnas epitaciana esbanjando padrão de vida incompatível com a falta de renda lícita suficiente para tanto, com presidiários membros de facção criminosa, fato este corroborado com o aprofundamento das investigações pelo serviço de inteligência que evidenciou a existência do grupo criminoso em questão", diz a PC, em nota.

Ainda conforme a polícia, a facção criminosa era hierarquicamente estruturada e ordenada com a imposição de rígidas regras disciplinares próprias que deviam ser seguidas por todos os integrantes, inclusive, pelos associados não “batizados”. "Com destaque à cobrança de dívidas de drogas mediante violência física, a organização criminosa em questão demonstrou altíssima periculosidade a coletividade em geral, principalmente, por sua atuação típica de milícia privada, representada pelo domínio de atuação territorial", diz a polícia.

As investigações revelaram a demonstração de força da organização criminosa para garantir a exclusividade no comércio de drogas na cidade e um perigoso esquema de serviço de “segurança privada”. Conforme a polícia, o objetivo era afastar a presença do Poder Publico e realizar a cooptação de novos simpatizantes do crime organizado.

Além das prisões, os policiais apreenderam 715,54 gramas de maconha, 11 porções de crack, além de balança de precisão e 48 celulares.

Os presos serão encaminhados para o Centro de Detenção Provisória de Caiuá, enquanto que as mulheres levadas para a Cadeia Pública de Dracena. Todos os envolvidos permanecem à disposição da Justiça.
 

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