Balanço divulgado pela Polícia Rodoviária contabiliza 700 veículos
ROGÉRIO MATIVE
Em 25/05/2018 às 10:44
Em Presidente Prudente, concentração é realizada às margens da Raposo Tavares
(Foto: SÉRGIO BORGES/NOFOCO)
Apesar do anúncio do governo federal e de algumas entidades sobre acordo de trégua, a greve dos caminhoneiros segue pelo quinto dia em todo país. Nesta sexta-feira (25), a Polícia Militar Rodoviária (PMR) contabiliza 700 veículos parados em 13 pontos de manifestações em rodovias da região de Presidente Prudente.
A concentrações são registradas nas rodovias Raposo Tavares (SP-270), Rodovia Prefeito José Gagliardi (SP-284), Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), Rodovia Batista de Souza (SP-483), Rodovia Júlio Budisk (SP-501) e Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425).
Os trechos envolvem Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Indiana, Inúbia Paulista, Teodoro Sampaio, Parapuã, Osvaldo Cruz, Adamantina, Tupi Paulista, Taciba, Iepê, Alfredo Marcondes e Rancharia.
Conforme a PMR, veículos leves, caminhões com produtos perecíveis, ônibus são liberados pelos manifestantes para seguir viagem. Não há registro de interdições de vias até o momento.
Acordo para poucos
Pelo acordo firmado na noite de quinta-feira (24), entre o governo e alguns representantes dos caminhoneiros, a paralisação seria suspensa por 15 dias. Em troca, a Petrobras mantém a redução de 10% no valor do diesel nas refinarias por 30 dias, enquanto o governo costura formas de reduzir os preços. A Petrobras mantém o compromisso de custear esse desconto, estimado em R$ 350 milhões, nos primeiros 15 dias. Os próximos 15 dias serão patrocinados pela União.
O governo também prometeu uma previsibilidade mensal nos preços do diesel até o fim do ano, sem mexer na política de reajustes da Petrobras, e vai subsidiar a diferença do preço em relação aos valores estipulados pela estatal a cada mês.
O governo também se comprometeu a zerar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para o diesel até o fim do ano. Também negociará com os Estados, buscando o fim da cobrança de pedágio para caminhões que trafegam vazios, com eixo suspenso.
Os representantes dos caminhoneiros pedem o fim da carga tributária sobre o óleo diesel.
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