Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Não vamos encerrar o movimento tão cedo, diz Abcam

Agência Brasil

Em 25/05/2018 às 14:23

Nesta sexta-feira, a Polícia Militar Rodoviária (PMR) contabiliza 700 veículos parados em 13 pontos de manifestações em rodovias da região

(Foto: Cedida)

O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, disse nesta sexta-feira (25) não acreditar que os milhares de profissionais que interditam parcialmente as estradas de quase todo o país voltem à normalidade nos próximos dois dias.

“Este final de semana vai ser para montarmos as estratégias que adotaremos a partir de segunda-feira [28]. Na minha visão, não vamos encerrar o movimento tão cedo. A barra está pesada. A revolta [dos caminhoneiros] está grande e ninguém está querendo sair [da paralisação]. De hoje para segunda-feira eu vou tentar uma manifestação para resolver [o impasse], mas, para isso, eu vou ter que ter uma conversinha com o governo federal”, fala o sindicalista.

Na noite de quinta-feira (24), Fonseca deixou uma reunião no Palácio do Planalto enquanto ela estava em andamento. No encontro, nove das 11 entidades representativas do setor de transporte assinaram um acordo com o governo federal para tentar pôr fim à paralisação.

Em troca do compromisso da Petrobras manter pelos próximos 30 dias o preço reduzido do óleo diesel nas refinarias e do governo estudar formas de baratear o preço dos combustíveis, as lideranças sindicais que assinaram o acordo prometeram suspender o movimento por 15 dias. A proposta foi recusada pela União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) e pela Abcam, que representa cerca de 700 mil trabalhadores.

“Eu fui lá defender um único item que, a meu ver, é o principal: o fim da cobrança da alíquota do PIS/Cofins e da Cide sobre o óleo diesel”, pontua o presidente da Abcam, classificando outros pontos da pauta de negociação, como a suspensão da cobrança do pedágio sobre o eixo suspenso, como uma “esmola para caminhoneiros”.

Em nota, a Abcam repudiou o acordo assinado. “Ao contrário de outras entidades que se dizem representantes da categoria, a Abcam, não trairá os caminhoneiros. Continuaremos firmes com pedido inicial: isenção da alíquota PIS/Cofins sobre o diesel, publicada no Diário Oficial da União”.

Bloqueios continuam

Mesmo após o anúncio da assinatura do acordo, os caminhoneiros continuam mantendo os bloqueios nas estradas. Nesta sexta-feira, a Polícia Militar Rodoviária (PMR) contabiliza 700 veículos parados em 13 pontos de manifestações em rodovias da região de Presidente Prudente.

Há pouco, o presidente Michel Temer anunciou que acionou as forças de segurança para desbloquear as estradas e garantir “a livre circulação e o abastecimento”.

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