Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Hidrelétrica de Rosana completa 31 anos de atividades na região

Da Redação

Em 08/06/2018 às 16:41

Em 2017 a usina gerou energia que pode abastecer uma cidade de 820 mil habitantes

(Foto: Cedida/Henrique Manreza )

Última das hidrelétricas dispostas ao longo do Rio Paranapanema, perto do encontro deste com o Rio Paraná, a Usina Rosana entrou em operação no dia 10 de junho de 1987.

Localizada entre os municípios de Rosana, na margem paulista, e Diamante do Norte, na margem paranaense do rio, o empreendimento completa 31 anos de contribuição ao sistema elétrico brasileiro. Em 2017 a usina gerou energia que pode abastecer uma cidade de 820 mil habitantes.

Além de produzir energia, a hidrelétrica busca investir em projetos de qualidade ambiental. É o caso da participação em um estudo que está sendo realizado pelo IPÊ- Instituto de Pesquisas Ecológicas, com o objetivo de avaliar de que forma os investimentos em restauração ambiental – no caso, na implantação do maior corredor reflorestado de Mata Atlântica do país, que fica na margem paulista do Rio Paranapanema – estão retornando para o negócio e para a biodiversidade.

Com 1.200 hectares restaurados, o corredor florestal foi plantado pelo IPÊ com o suporte da UHE Rosana e outros parceiros, para reconectar as principais unidades de conservação da Mata Atlântica no Pontal do Paranapanema: a Estação Ecológica do Mico-Leão-Preto e Parque Estadual do Morro do Diabo. Um dos resultados já verificados no estudo é o retorno de animais a essa área, anteriormente desmatada.

O diretor de Meio Ambiente da CTG Brasil, Aljan Machado, destaca espécies ameaçadas, como mico-leão-preto, onça pintada e jaguatirica. “Um dos problemas para a sobrevivência dessas espécies é a perda de habitat e o corredor é uma das formas de suprir a necessidade de deslocamento entre as unidades de conservação, tanto para alimentação e dessedentação, como para reprodução dos animais. A presença dessa fauna é um dos indicadores de sucesso”, explica.

"Desde o momento em que estabelecemos o corredor, passamos a monitorá-lo com relação ao desenvolvimento da floresta. Com a coleta de dados sobre os serviços ecossistêmicos e o capital natural desse corredor, estamos verificando também as espécies que já estão utilizando essas matas para transitarem de uma unidade de conservação para outra. Era um grande sonho ver esses animais circulando e usando essa área para transitarem e sobreviverem", conta Laury Cullen Jr, coordenador do projeto Corredores de Mata Atlântica, do IPÊ.

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