Da Redação
Em 19/07/2018 às 13:05
Evento vai além de apresentações musicais e oferece outros atrativos em área verde
(Foto: Taíne Correa/AI)
A experiência que o público vivencia é um conceito que vem ganhando cada vez mais importância nos festivais de música pelo mundo. No Festival Sesc Thermas do Rock, o maior do Oeste Paulista, não é diferente. A programação realizada pelo Sesc Thermas de Presidente Prudente vai muito além de música, promovendo uma série de atividades e interações para o público.
O grande diferencial do festival são as noites que ocorrem no bosque, que na parte musical contam com shows de Reverso, Dustt, Karburalcool e Ego Kill Talent (dia 25), Autoramas e Barão Vermelho (26), Pavilhão 9 e B. Negão & Seletores de Frequência (27), Boogarins e Pato Fu (28), e Coisinha (29) – este último à tarde, dedicado às crianças e com entrada gratuita.
O palco montado em meio às arvores do bosque do Sesc Thermas cria uma experiência diferente de festival a céu aberto, já que não trata-se de um descampado, mas sim um cenário repleto de cores, sentidos, texturas, aromas e vida: um total de 834 árvores de 75 espécies diferentes, dentre elas 25 nativas regionais, compõem esse bosque, completado pelas aves e flores.
Somam-se a isso as projeções mapeadas que ocorrem nas copas das árvores, que integram e interagem com público e paisagem. Além de um quiosque que oferece gratuitamente às pessoas que estão no festival a oportunidade de utilizar a serigrafia para imprimir e colorir sua própria gravura em papel, tecido ou em roupas que trouxer, com temas de diversos artistas da música.
Cada roqueiro de plantão vai poder estampar na cara, literalmente, sua identidade preferida. Alice Cooper, Kiss, David Bowie, Twisted Sister, Ney Matogrosso e muitos outros músicos ao longo da história usaram a maquiagem e a moda para construírem sua identidade própria. Durante o festival, todos podem se maquiar e fantasiar para se sentir como um astro do rock e fazer fotos incríveis na vivência Pinta de Rockeiro.
Para os que curtem o som dos famosos bolachões, uma feira dentro do festival propõe a venda, troca ou simples exposição de discos de vinil. Além disso, entre os shows, um Dee Jay cria o ambiente no bosque com clássicos da música.
Praça de alimentação é um dos pontos altos dos festivais ao oferecer a experiência completa para seu público. E nisso também o Thermas do Rock evolui. Este ano, a edição conta com food trucks servindo hambúrgueres, comida mexicana e churros, além de um bar de bebidas abastecido com água, refrigerante, cerveja (com e sem álcool) e sucos.
Amante do rock dos anos 1980, a engenheira civil Amanda Figueiredo vibrou ao som do Ira!, em 2015, e da dupla Erasmo Carlos e Sepultura, na edição 2016 do festival. Além da oportunidade de conhecer seus ídolos, ela destaca o cenário verde do festival que não se prende a um único estilo. “O ambiente do bosque, em meio à natureza, deixou o Thermas do Rock com uma cara de festival alternativo”, comenta.
Há quem contemple o espetáculo com outro olhar. Na edição 2017, as lentes da fotógrafa Taíne Correa captaram momentos únicos, que também estão registrados em sua memória. A experiência de fotografar músicos e amantes da música no palco verde foi única. “Fotografar ao ar livre é ótimo! O bosque do Sesc proporciona cenários maravilhosos para as fotos. Principalmente com as projeções de luz que acontecem no evento do Thermas do Rock”, destaca.
Para quem teve a chance de subir ao palco, a experiência foi “especial”, como ressalta Lucas Mesquita, baixista da Karburalcool, banda prudentina que já se apresentou no Thermas do Rock em 2015 ao lado do Raimundos, e volta nesta edição para quebrar tudo ao lado dos conterrâneos Reverso e Dustt. “O Rock sempre foi libertador, os maiores festivais da história, ‘Rock in Rio’, ‘Woodstock’, entre tantos outros, foram ao ar livre, e nós de Prudente temos o privilégio de ter um grande festival com um visual sensacional”, comemora.
O Thermas do Rock criou sua própria identidade, mas ao longo de 10 anos seu público a moldou, desde os mais tropicalistas e folks, passando pelos alternativos, até os “camisas pretas”. Afinal, o estilo rock and roll é como um guarda-chuva que abre para diversos subgêneros, numa infinidade de variantes como o mesmo pai.
