Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Pesquisa revela 241 casos de trabalho infantil em Prudente

Da Redação

Em 12/09/2018 às 09:41

Do total, 241 estão em estado de desproteção, sendo a maioria mapeada na zona leste da cidade

(Foto: Zoriah/Creative Commons)

Em Presidente Prudente, 241 casos de trabalho infantil foram catalogados em pesquisa realizada com alunos das redes municipal e estadual de educação. Os resultados foram apresentados durante seminário na Toledo Centro Universitário, que reuniu representantes de diversas instituições ligadas ao tema.

A pesquisa de iniciativa do Fórum de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FPETI-PPR) envolveu 25 mil alunos dos 5 aos 17 anos de idade. Deste total, 75,9% (19.098) aceitaram participar da pesquisa, sendo 9.836 estudantes de escolas estaduais (25 unidades) e 9.262 de escolas municipais (50).

Foram detectados 775 casos de crianças e adolescentes em situação de trabalho, dos quais 539 têm 16 e 17 anos e estão enquadrados como jovens aprendizes ou estagiários. De acordo com o levantamento, 214 estão entre 5 e 15 anos, e 22 não informaram a idade. Do total, 241 estão em estado de desproteção, sendo a maioria mapeada na zona leste da cidade.

Ao se considerar apenas a realidade das crianças de 5 a 10 anos (matriculadas na rede municipal), o local de trabalho mais comum é a casa dos pais. Outras funções citadas são de babá, faxineira, vendedor ambulante, comércio, casa de terceiros e prestador de serviços.

Já no grupo dos 11 a 15 anos de idade, a maioria se enquadra no setor alimentício, além de babá, faxineira, comércio e construção civil. Entre os adolescentes de 16 e 17 anos, incluem-se as mesmas funções do grupo anterior, acrescidas de mecânico.

Os dados levantados no primeiro semestre deste ano servirão de parâmetro para que seja alcançada a meta de abolir o trabalho infantil no município por meio de ações integradas do sistema de garantias de crianças e adolescentes, que serão desenvolvidas de forma articulada por toda a rede de proteção.

“A erradicação do trabalho infantil é um desafio corajoso, mas factível e muito importante. A ciência evoluiu muito e comprova que a nossa vida é feita de fases, e se não respeitamos cada fase do desenvolvimento de um cidadão, ele certamente terá prejuízos. Criança é para brincar e estudar”, sustenta o magistrado o presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, desembargador Fernando da Silva Borges.
 

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