Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

No Sesc: documentário expõe crueldade de caçadores

Da Redação

Em 18/09/2018 às 08:16

Dirigido por Ulrich Seidl, longa-metragem levanta questões sobre a caça de animais

(Foto: Divulgação)

Um retrato perturbador do ser humano. Assim pode ser definido o longa-metragem Safári, exibido no Sesc Thermas de Presidente Prudente nesta terça-feira (18). O documentário, lançado neste ano, acompanha europeus ricos que viajam para a África com o objetivo de caçar animais. A sessão tem início às 19h30 e a entrada é gratuita.

Dirigido pelo cineasta Ulrich Seidl, o longa-metragem segue um grupo de ricos turistas alemães e austríacos, em suas viagens de férias na África, que desembolsam fortunas para terem o direito de caçar uma gama variada de animais selvagens.

Alguns buscam troféus, outros, apenas diversão. Mesmo que toda presa tenha o seu preço, eles sempre procuram uma maneira de legitimar suas ações.

As tentativas de justificativas aparecem em entrevistas com os caçadores, que sustentam que o homem caça animais desde o primórdio da humanidade e que a matança previne a superpopulação, além de estimular o turismo.

Sem mecanismos técnicos para causar emoção, como trilha sonora e efeitos visuais, o filme se concentra apenas em expor um retrato do comportamento do ser humano.

Os praticantes da caça – que vão de um casal de idosos, passando por um homem solitário, até uma família completa – ainda discorrem sobre a emoção que sentem quando estão prestes a disparar, o prazer sentido logo após o tiro e a munição mais adequada para cada animal. Seus alvos são girafas, zebras, gnus, impalas, entre outros, com a maioria de suas espécies em extinção.

Filmado na Namíbia, o documentário apresenta cenas da caça, seguidas da retirada da pele e esquartejamento dos animais, o que é feito pelos nativos.

A crueldade é estampada na tela com as imagens chocantes, mostrando a degeneração do ser humano. O diretor expõe o caçador como um ser mais selvagem que os animais e levanta questões éticas, como o neocolonialismo europeu no continente africano.

O filme integra a mostra "A Natureza Humana" que, ao longo do mês, apresenta filmes que mostram que o ser humano vive em constante embate com o meio ambiente, seu semelhante e sua própria essência, entre o instinto e as convenções sociais, entre a razão e as paixões.

O especial ainda exibe o filme Gauguin – Viagem ao Taiti (25).

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