Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Simulação: colisão de avião contra edifício faz 65 vítimas

Da Redação

Em 22/10/2018 às 10:46

Evento simulou a colisão de uma aeronave contra edifício do aeroporto

(Foto: Cedida/AI/Unoeste)

Por equipes treinadas, o Aeroporto Estadual Adhemar de Barros de Presidente Prudente foi palco de uma "tragédia". Na tarde de domingo (21), a colisão de uma aeronave contra uma edificação fez 65 "vítimas', 15 pessoas morreram. Se existe ponto positivo num desastre como esse, felizmente, nesse caso narrado, tudo não passou de uma notícia falsa, porém, o cenário de fato existiu, tudo preparado para simulação de catástrofe organizada pela Liga do Trauma e Cirurgia de Emergência da Faculdade de Medicina. O evento mobilizou aproximadamente 550 pessoas.

A tradicional simulação que ocorre anualmente possibilita o treinamento das equipes pré e intra-hospitalar que atuam em circunstâncias como essas. Para entender a dinâmica do evento, o início foi exatamente às 14h30, quando as vítimas e os figurantes já estavam em seus devidos lugares, todos em situação de desespero, e então testemunhas começam a disparar ligações ao 193, solicitando o resgate.

Nesse momento, os bombeiros civis do aeroporto já iniciavam os primeiros trabalhos. Doze minutos depois chegou o Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências (Grau). Na sequência chegaram Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Cart, Unimed, Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (Same), entre outras instituições que seriam acionadas num evento real.

O médico coordenador da base do Grau em Presidente Prudente, Antônio Onimaru, que já atuou em verdadeiras catástrofes, como a queda dos dois aviões da TAM em São Paulo, explica que o tempo resposta é primordial para iniciar a triagem, que é separar vítimas graves, moderadas e leves, classificando-as, respectivamente, em vermelho, amarelo e verde.

Ele ressalta que as simulações envolvem todas as agências que trabalham em situação de catástrofe e avalia a atividade como essencial para o treinamento conjunto de todas as equipes. “Já trabalhei no desabamento do telhado da igreja de São Paulo, das duas quedas dos aviões da TAM também na capital paulista, dentre outras catástrofes, e são situações muito estressantes para todos os envolvidos. Aqui na simulação tentamos imitar da melhor forma possível para realmente aprendermos”, frisa.

A aluna de Medicina e presidente da liga acadêmica, Letícia Kazama, pontua que nessas catástrofes, em que a quantidade de vítimas supera a capacidade de atendimento, é necessária a integração entre vários órgãos do município, para que em conjunto consigam dar suporte operacional para o atendimento de toda emergência.

“Temos equipes combatendo incêndio nas aeronaves e outras equipes no resgate e salvamento, triagem e transporte das vítimas aos hospitais da cidade”, explica. Os feridos foram encaminhados aos hospitais da cidade: Hospital Regional (HR), Iamada, Nossa Senhora das Graças e UPA do Ana Jacinta. Em cada unidade havia uma equipe médica à espera, juntamente com um estudante tabulando os dados da vítima.

O Tiro de Guerra (TG) de Prudente participou da simulação com 24 atiradores. O subtenente José Cláudio dos Santos, chefe de instrução da entidade, afirma tratar-se de um evento importante que agrega conhecimento para a vida de todos os envolvidos.

“É a primeira vez que participo e vejo que é de grande valor aos nossos atiradores em formação, e para mim também, pois é um evento com o envolvimento das principais instituições”.

Também estiveram envolvidos: polícias Militar, Civil e Rodoviária; Departamento de Estradas e Rodagens; Grupo de Escoteiros Guayporé; Tiro de Guerra; Home Care Cenemed; entre outros. As vítimas foram todas encenadas por estudantes de Medicina, e os figurantes foram representados por futuros médicos e alunos dos cursos de Enfermagem, Biomedicina, Odontologia e Fisioterapia.

O evento também contou com o envolvimento de residentes da Residência Multiprofissional em Urgências e Emergências do Hospital Regional.

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