Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Variação do dólar provoca inflação em mercados de Prudente

Da Redação

Em 23/10/2018 às 09:58

Artigos de limpeza sofreram deflação de 9,54%. É o caso do sabão em pó (1kg), que está 16,66% mais barato

(Foto: Arquivo)

Produtos importados e que tem matéria-prima cotada em dólar novamente voltaram a subir e começam a colocar pressão nos valores dos itens comercializados nos supermercados de Presidente Prudente. De acordo com o Índice de Preços Toledo (IPT), a cesta básica apresentou inflação de 1,02%.

A pesquisa realizada em seis estabelecimentos no dia 18 de outubro aponta que o consumidor desembolsa atualmente R$ 558,96 para a compra da cesta básica, enquanto que no mês passado gastava R$ 552,96.

Em geral, itens de higiene pessoal tiveram leve aumento nos preços comercializados. O único produto com disparada no valor foi o absorvente aderente: alta de 32,24%.

Artigos de limpeza sofreram deflação de 9,54%. É o caso do sabão em pó (1kg), que está 16,66% mais barato ao bolso do prudentino. Já o detergente líquido teve baixa de 11,64%.

Seguindo a tendência, os alimentos tiveram queda de 1,07% nos preços, com destaque para a margarina (500g) e farinha de mandioca torrada, com queda de 23,59% e 18,19%, respectivamente.

O peso do dólar

“Os produtos importados e que tem matéria-prima cotada em dólar novamente voltaram a subir e começam a colocar uma pressão maior no índice como um todo. A persistência da moeda americana em ficar em patamares acima de R$ 3,70 deixa o setor supermercadista em alerta, o que pode resultar em uma revisão da previsão do índice final de 2018”, explica o presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Ronaldo dos Santos.

O dólar continua sendo o fator que acelera os preços de diversas categorias, principalmente daquelas que dependem de commodities em seu processo de fabricação ou são importadas. As que apresentaram maior aumento e tem maior impacto no dia a dia do brasileiro são: massas (3,29%); biscoitos (1,86%); panificados (0,83%); produtos de limpeza (1,90%); produtos de higiene e beleza (1,08%).

“Estes são aumentos relevantes porque já foram contabilizados após o restabelecimento dos estoques. Com isso, conseguimos mensurar o que os novos patamares do dólar, concentrados acima de R$ 3,70 e chegando a R$ 4,10, podem representar nas gôndolas caso sigam persistindo em alta”, avaliou o economista da Apas, Thiago Berka.

Os preços das bebidas alcoólicas tiveram inflação de 1,34% com a cerveja aumentando 1,03% e o vinho, em grande parte importado, aumentou 4,10%. Já as bebidas não alcoólicas apresentaram inflação de 0,88%, com refrigerante (0,86%) e água mineral (2,01%).

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