Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Após destruída, ciclovia é reimplantada na zona norte de PP

Alvo de protestos, equipamento público gerou ação judicial na época

ROGÉRIO MATIVE

Em 26/10/2018 às 09:34

Trabalhadores da construtora Terracom - de Cubatão - finalizam a construção das muretas para, em seguida, concretarem o piso da ciclovia

(Foto: ROGÉRIO MATIVE)

Com muretas contínuas, mais altas e reforçadas. Alvo de discórdia anos atrás, a ciclovia na Rua Alvino Gomes Teixeira está de volta e, desta vez, sem protestos. Presente no Plano de Mobilidade Urbana, o equipamento público foi retirado por Nelson Bugalho (PTB) em seu primeiro ato ao assumir a Prefeitura de Presidente Prudente, em janeiro de 2017.

Agora, a ciclovia volta ao mesmo local na continuidade de um plano que prevê quase 50 quilômetros nos próximos anos de espaço dedicado especialmente aos ciclistas da cidade.

Nesta semana, trabalhadores da construtora Terracom - de Cubatão - finalizam a construção das muretas para, em seguida, concretarem o piso da ciclovia nos moldes da pista implantada na Avenida Alberto Bonfiglioli, no Ana Jacinta.

A empresa faz parceria com a Salioni no consórcio formado para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2) em Prudente, em contrato assinado em novembro de 2014.

Retirada após morte

Em janeiro de 2017, Bugalho promoveu a retirada da ciclovia implantada na zona norte da cidade pelo seu antecessor e padrinho político, Milton Carlos de Mello (Tupã, DEM).
 
Construída em 2015, a ciclovia foi palco de protestos de moradores após a morte de um motociclista, culminando com a depredação de parte do empreendimento.

O acidente provocou ação judicial da mãe e filho da vítima gerando indenização de R$ 140 mil em primeira instância, sendo a sentença revertida no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) em favor da Prefeitura.

Questionou prejuízos

Porém, a retirada da ciclovia fez o vereador Mauro Neves (PSDB) acionar a 13ª Promotoria de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) para apuração das responsabilidades do caso e, desta forma, revelando os nomes que arcarão com possíveis prejuízos aos cofres da Prefeitura.

Neves questionou se aquela ciclovia retirada foi “executada em desconformidade com a legislação e normas vigentes”, além da responsabilidade civil para devolução dos recursos investidos naquele equipamento.
 
O parlamentar pediu apuração sobre “a responsabilidade da autoridade competente que promoveu a demolição da mesma em prejuízo ao erário público, bem como os futuros custos com o trecho que será reconstruído”.

No início deste ano, o promotor de Justiça Mário Coimbra prometeu abrir inquérito civil para apurar o caso.

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