Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Queimaduras em adultos são mais graves do que em crianças

Da Redação

Em 13/11/2018 às 11:14

Primeiras 24 horas são essenciais no tratamento e recuperação da vítima

(Foto: Arquivo)

“Pode ser clichê, mas o melhor remédio para a queimadura é não queimar. Ela é grave, dói, mata ou pode deixar sequelas para o resto da vida. Não acenda churrasqueira com etanol de posto, lugar de criança não é na cozinha. São dicas simples que podem fazer a diferença e salvar vidas”.

A afirmação é da Dra. Elza Hiromi Tokushima Anami, que atua há 12 anos no Centro de Queimados do Hospital Universitário de Londrina (PR) e ministrou palestra no auditório do Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente.

Elza revela que o Estado do Paraná possui apenas duas unidades que são referências na área. “O outro local é em Curitiba e nós de Londrina, recebemos todas as demandas do interior paranaense, inclusive, de cidades paulistas próximas ao município”.

Comenta que esses locais recebem os casos mais complexos. “Os pacientes adultos apresentam situações mais graves, pois se queimam principalmente com a chama direta, acidentes químicos e de trabalho. Cerca de 80% das nossas vítimas são adultas e possuem mortalidade e morbidade maiores”, diz.

A especialista lembra ainda, que as estatísticas brasileiras indicam que 1 milhão de pacientes se queimam todos os anos, sendo que, mais de 50% são crianças. “Apesar de maior frequência, o público infantil apresenta casos com menor gravidade, já que se queimam por escaldo com líquidos aquecidos e em ambientes domésticos”.

Segundo ela, as primeiras 24 horas são chamadas de “hora de ouro”, pois é nesse período que o paciente precisa ser muito bem tratado. “Ele precisa passar por uma triagem e encaminhamento muito bem feitos e, caso não receba uma reposição volêmica adequada, pode ter falência renal e de outros órgãos, complicações que aumentam a mortalidade em até 70%”, fala.

“É importante lembrar que o paciente queimado é diferente, por isso, os enfermeiros precisam estar aptos e terem conhecimento sobre como devem proceder. Nesse sentido, destaquei principalmente os cuidados que eles vão precisar ter com esse paciente e, também, as inovações na área, desde curativos até tratamentos mais complexos”, pontua.

Atente-se às dicas

Crianças têm uma enorme curiosidade por fogo, querem brincar e até mesmo fazer fogueiras no quintal. Não deixe fósforo e velas ao alcance delas.

Cuidado com o que você aquece no micro-ondas, alguns líquidos podem explodir quando você abre a porta do eletrodoméstico.

Crianças pequenas não devem estar na cozinha, pois pode acontecer vários acidentes nesse local, desde algum líquido quente que cai no chão, tampa de forno quente, até fios de geladeira que a criança morde e pode ter uma queimadura elétrica na boca.

Teste muito bem a água da banheira antes do banho dos bebês, pois a água muito quente pode queimar a pele da criança.

Existem muitos relatos de explosão do celular enquanto está carregando. Procure deixá-lo longe da cabeceira da cama.
 

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