Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Pesquisadores alertam sobre doping em academias

Da Redação

Em 13/12/2018 às 16:07

De acordo com o pesquisador, nas academias de musculação os frequentadores relacionam muito o treinamento com a dieta, o uso de suplementos nutricionais e de medicamentos

(Foto: Arquivo)

Quando se fala em doping, o pensamento comum é sobre o uso de substância química utilizada por atleta de alta performance para melhorar seu desempenho. Porém, essa prática tem sido corriqueira por praticantes de esportes amadores e por frequentadores de academia, em busca de aumentar a resistência ou inibir a dor.

Pesquisadores de Presidente Prudente, Ribeirão Preto e dos Estados Unidos alertam sobre os potenciais riscos de uso, com a agravante da autoprescrição, por eles consideradas como errada e desnecessária. A importância do assunto resultou na publicação de revista especializada norte-americana.

Foi na Athlete Development Research Digest que mantém parcerias com a National Basketball (NBA), a principal liga de basquete profissional da América do Norte; e a National Football League (NFL), a liga profissional de futebol americano dos Estados Unidos.

Também possui parcerias com a Association of Tennis Professionals, a Associação de Tenistas Profissionais que tutela as competições internacionais de tênis masculino; e com o National Olympic Committee (NOC), o Comitê Olímpico Nacional Americano, instituição máxima do Movimento Olímpico nos Estados Unidos.

O Dr. Jair Garcia Júnior e o mestre Leandro Alves da Cunha, da Unoeste; os doutorandos Anderson dos Santos Carvalho e Pedro Pugliesi Abdalla, ambos da USP em Ribeirão Preto; juntamente com Dr. Nilo Ramos, vinculado à Coastal Carolina University, dos EUA, produziram o texto “Doping and sports: updates and lessons for coaches” (Doping e esportes: atualizações e lições para treinadores).

 “Quanto mais elevado o nível da competição, tais quais campeonatos mundiais e jogos olímpicos, maior a probabilidade de os atletas usarem substâncias ou métodos que são classificados pela Wada como doping e devem ser controlados pelas federações e confederações responsáveis pelas competições”, conta Cunha.

A produção considera que o doping no esporte de competição de alto nível é uma infração grave, passível de punições como desclassificação, suspensão das competições e até banimento do esporte. A classificação de substâncias ou métodos de doping é feita pela Agência Mundial Antidoping (Wada). “Porém, mesmo distantes das competições, nas academias e esportes em geral, o doping é uma prática relativamente comum entre aqueles que buscam melhorar o desempenho, aumentar a massa muscular (hipertrofia), definir a musculatura e até para emagrecer”, comenta Júnior.

“Ocorre que, tanto para atletas quanto para os frequentadores de academias, as substâncias classificadas como doping, ao mesmo tempo em que ajudam no desempenho ou nos aspectos estéticos, em alguns casos, também causam prejuízos à saúde”, afirma.

Academias

Ainda de acordo com o pesquisador, nas academias de musculação os frequentadores relacionam muito o treinamento com a dieta, o uso de suplementos nutricionais e de medicamentos (substâncias dopantes proibidas), por isso fazem uso de diversos produtos com autoprescrição, de maneira errada e até desnecessária,

Na publicação, os autores listam e explicam as categorias das substâncias dopantes e alertam os treinadores e atletas sobre os potenciais riscos do uso, que podem ir muito além das punições formais. Também listam sete lições a serem seguidas por treinadores e atletas.

Entre as lições estão os princípios éticos e de igualdade que devem ser respeitados entre os praticantes de esportes, profissionais ou amadores, em diferentes modalidades esportivas; pois não importa quem usa e quantos usam, o doping não é tolerado. (Com Assessoria de Imprensa)

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