Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

'Descobriram Prudente', afirma secretário de Desenvolvimento

Maycon Morano

Em 13/12/2010 às 12:37

Com a expansão comercial e industrial de Presidente Prudente, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedepp), Carlos Dias, fala que os empresários do Estado e do País descobriram a cidade e o potencial de consumo regional.

A primeira de uma série de entrevistas do Portal com o secretariado prudentino é com o chefe da Sedepp, que gosta de frisar que estudou apenas até a oitava série, é paulistano e deixou a escola para ir morar na fazenda. Ele é agropecuarista e, apesar de fazer parte de um dos principais grupos políticos da cidade há mais de 20 anos, é a primeira vez que exerce um cargo na administração pública em seus 51 anos de vida.

 

Confira abaixo os principais pontos da entrevista com o secretário da Sedepp:

Portal: Como o secretário avalia esse boom de empresas se instalando na cidade?

Carlos Dias: Prudente estava esquecida, mas hoje descobriram Presidente Prudente. Um dos pontos positivos desse número de abertura de empresas é a facilidade de falar com o prefeito ou com os secretários. Agora tudo é mais rápido. Não tem frescura, tudo se resolve na hora. Empresário gosta disso, de rapidez.

P: E o município tem potencial de consumo para tantas empresas?

CA: A cidade é sede de região e atende 53 municípios. São cerca de 1 milhão de pessoas que são potenciais consumidores. Além disso, todos os órgãos estaduais e federais são em Prudente. Todos os moradores da outras cidades vêm para cá. O aeroporto é outra referência, o único num raio de 150 km. A rodoviária atende praticamente o Brasil inteiro. As usinas que estão instaladas aqui. Cinema é a mesma coisa do aeroporto. Só tem, além de Prudente, em Araçatuba, Londrina, Maringá. Por isso os dois shoppings da cidade vivem lotados. Prudente é sede de região, então canaliza para onde? Para prudente. É natural esse desenvolvimento.

P: Prudente terá um novo shopping?

CA: Não há nada oficializado em nossa secretaria, mas Prudente terá três shoppings com a provável vinda do Catuaí, de Londrina. Para se ter uma ideia do desenvolvimento da cidade, Campo Grande, que é Capital do Mato Grosso do Sul e tem mais de 500 mil habitantes, tem apenas um [shopping].

P: Secretário, faça um balanço das ações de sua Pasta em 2010.

CA: O Balcão de Empregos aumentou muito o entrosamento com os empresários de Prudente e região. Na questão de abertura de firmas, no último balanço passou de mil empresas que foram legalizadas. Na indústria, serão 14 empresas no distrito industrial da Cidade da Criança. No setor da fiscalização, cumprimos a promessa que fizemos junto à promotoria: um TAC [Termo de Ajustamento de Conduta] que nós assinamos para não serem instalados mais barracas em praças e calçadas do município. Na Patrulha Agrícola, destacamos que Prudente possui cerca de 1.600 propriedades rurais e todas são atendidas por nossa secretaria. O SIM, que é o Serviço de Inspeção Municipal, percorreu os 180 açougues da cidade e verificou que diminuíram as autuações. E as feiras-livres, que eram 18 no início da nossa gestão, hoje são 22 e até fevereiro de 2011 serão 24.

P: Qual a perspectiva para 2011?

CA: Acho que é muito boa. Será uma colheita de tudo que foi plantado neste ano de 2010. Em 2011, eu e o Feiz Abud [Chefe de Gabinete] vamos visitar as empresas que plantam laranja para trazer para cá. Nós temos cana, temos boi. Cabe tudo aqui. Tem muita terra aqui ainda. São 200 km de Prudente até o final do Estado, no Pontal.

P: Além disso, existem novos empreendimentos para serem instalados em Prudente?

CA: Além do Wal Mart, que será inaugurado no próximo dia 16 [quinta-feira] e do Assai, que é do Grupo Pão de Açúcar, existem 80 pedidos de empresas que querem se instalar em Prudente. Oficialmente, se houve terrenos, pelo menos 40 novas empresas se instalariam nos próximos seis meses.

P: Prudente tem potencial para crescer mais ainda?

CA: Tem sim. Eu peço para que os empresários venham para prudente. Aqui cabe tudo. Nós não temos empresas que arrumam maquinário de usina, por exemplo. Os usineiros vão para Sertãozinho. Aqui não existe uma metalúrgica pesada, que trabalhe com essas peças de usina. Além disso, nossa mão-de-obra é mais barata e temos uma coisa que poucas regiões do Brasil têm: energia elétrica em abundância. Nenhuma região tem tantas usinas hidrelétricas como nós temos, então isso facilita a instalação de grandes empresas aqui.

Compartilhe
Notícias Relacionadas

Telefone: 18-98122 7428

© Portal Prudentino - Todos os direitos reservados.