Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

TRE arquiva ação de infidelidade do PMDB contra Ed Thomas

Thiago Ferri

Em 24/09/2010 às 16:58

Depois de julgar improcedente no início do ano passado a ação de infidelidade partidária movida pelo Diretório Estadual do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) contra o deputado estadual Ed Thomas, que migrou para o Partido Socialista Brasileiro (PSB), agora o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) arquiva o processo.

A solicitação de arquivamento foi feita à Coordenadoria de Processamento do TRE no último domingo (19) e os autos já foram remetidos ao Arquivo Central do órgão.

Em fevereiro de 2009, o deputado estadual Ed Thomas (PSB) foi absolvido por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral da acusação de infidelidade partidária que fora movida pelo PMDB em novembro de 2007. A Executiva Estadual ainda tentou recorrer ao TSE, mas os embargos foram barrados pelos desembargadores, que não permitiram sua subida à Corte superior. Assim, agora o processo é finalizado.

Ed Thomas foi eleito deputado estadual pelo PMDB em 2006, oportunidade em que fez campanha e dobradinha com o deputado federal Paulo Lima (PMDB), que não conseguiu se reeleger, ficando na primeira suplência à Câmara dos Deputados.  No entanto, em 27 de setembro de 2007, ele deixou o PMDB e se filiou no PSB, após se desentender com Paulo Lima e com parte da cúpula peemedebista em Prudente.

O PMDB alegava que a transferência de Ed Thomas foi "sem justa causa", o que resultaria na perda do seu mandato. Já o deputado estadual atribuiu “grave discriminação pessoal” e “mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário” do PMDB como justificativa para migrar de sigla.

“Eu compreendo, entendo e aceito que o mandato é do partido, que eu tenho de ser fiel ao partido, mas o partido também tem de ser fiel ao meu mandato, às minhas ideias, aos meus pensamentos. Se eu estou nesta condição, hoje, de deputado, é porque eu recebi votos, eu recebi confiança das pessoas e eu não posso trair essas pessoas. E continuar no partido onde eu estava era trair os votos que eu recebi. Eu não iria deixar, de maneira nenhuma, alugarem o meu mandato. Mandar no meu mandato é para quem me colocou realmente aqui, não era para se fazer negociatas, não era para servir o partido, era para servir à região que eu cresci. Essa é a minha fidelidade”, afirmou Ed na ocasião.

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