Da Redação
Em 07/06/2018 às 10:14
Encontro ainda reúne criador das obras de "Sai da Moita" e educadores do Museu Índia Vanuíre
(Foto: Estevão Salomão/AI )
Há pouco mais de três meses, o artista paulistano Rodrigo Bueno criou uma série de obras para o Sesc Thermas de Presidente Prudente entorno do passado quilombola, indígena e imigrante da região Oeste Paulista, reunidas na instalação Sai da Moita, exposta no bosque da unidade.
Em clima de despedida da exposição, que se encerra domingo (10), o artista reúne-se um dia antes, no sábado (9), com indígenas da Aldeia Vanuíre e educadores do Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre, ambos de Tupã, para um bate-papo sobre as identidades ocultas do território desta região. O encontro ocorre no palco das obras, o bosque do Sesc Thermas, às 15h.
Na atividade, os indígenas também contam e dividem histórias, compartilhando experiências e perpetuando um conhecimento oral que se transmite de geração em geração há milênios.
Dentre tantas, a história da marca de muitas etnias indígenas, a pintura corporal, que não só será apresentada, mas também será vivenciada pelo público com as instruções dos Vanuíres. A prática de pintar o corpo tem tanto sentido para os indígenas, que expressa o que o indivíduo representa no grupo e até o estado civil, além de diferenciar clãs e famílias.
Aberta em 4 de março deste ano, a instalação ‘Sai da Moita’ recebeu, durante pouco mais de três meses em exposição, um público de mais de 6 mil pessoas. Criada por Rodrigo Bueno, teve a curadoria do artista Fábio Delduque.
Com a exposição, Bueno realizou uma investigação que celebra a família de raças da humanidade num processo que dialoga com a história do Brasil e do mundo.
Ele está à frente do Ateliê Mata Adentro, um galpão no bairro paulistano da Lapa, onde realiza diversos processos criativos que recuperam resíduos da cidade e com pinceladas certeiras os transforma em arte.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do Portal Prudentino.