Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Jerusa Geber e Gabriel Garcia conquistam ouro nos Jogos Paralímpicos

Sérgio Borges

Em 04/09/2024 às 08:05

Jerusa e Gabriel conquistaram a tão sonhada medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos

(Foto: Wander Roberto/CPB)

A velocista brasileira e recordista mundial Jerusa Geber dos Santos e o atleta-guia, o prudentino, Gabriel Garcia, venceram nesta terça-feira (3), a prova dos 100 m rasos da classe T11(deficiência plena da visão), com o tempo de 11s83, e conquistaram a tão sonhada medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos Paris 2024, no Stade de France. 

Com uma sincronia perfeita e repetindo o que fizeram nos treinamentos, conforme disse mais tarde o treinador da dupla e marido de Jerusa, Luiz Henrique Barbosa da Silva, a velocista paralímpica de 42 anos, acreana, radicada em Presidente Prudente, fez uma prova irretocável, e subiu no lugar mais alto do pódio nos 100 m. 

O pódio foi formado por Jerusa Geber e Gabriel Garcia (11s83), Liu Cuiqing e Chen Shengming (12s04) e Lorena Spoladore e Renato Ben Hur (12s14)  

A jornada vitoriosa da dupla, que resultou no inédito ouro Paralímpico, após cinco participações de Jerusa em Jogos Paralímpicos, começou na segunda-feira (2), quando ela e Gabriel fizeram uma prova bem cadenciada, sem forçar e venceram a eliminatória com o tempo de 12s57, superando a atleta espanhola Alba Garcia Falagan (12s90) e a italiana Arjola Dedaj (13s13) e se classificando para a semifinal. 

Semifinal e recorde pessoal

Realizada também na segunda-feira (2), a semifinal já foi uma amostra do que viria pela frente. Mostrando toda a confiança da parceria com o seu atleta-guia que, momentos antes da prova, a incentivou com um abraço, dizendo que poderiam conquistar um bom resultado já na semifinal e Jerusa entrou na prova com o foco de fechar bem a prova e ficar mais tranquila para a final.

A atleta fez uma prova forte, correndo para vencer em primeiro lugar e ainda quebrou o seu próprio recorde mundial ao vencer a bateria com o tempo de 11s80. Em 2023, em uma etapa do circuito nacional de competições, promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em São Paulo, ela conquistou o recorde mundial 11s83.

Ao seu lado e atento a cada detalhe, Gabriel Garcia o velocista prudentino que este ano já fez história no atletismo brasileiro ao participar também dos Jogos Olímpicos em Paris, na prova de revezamento 4x100 m, trouxe para Jerusa um diferencial.

"Eu já conhecia a pista, que é veloz e dei alguns detalhes para a Jerusa. Só gratidão agora, pois, o guia é os olhos da atleta e na pista a gente tenta ser um só, e hoje só gratidão ao Criador. O coração está limpo, finalizamos este ano com chave de ouro, campeão mundial e paralímpico”, disse Gabriel, em entrevista ao Sportv2. Esta informação sobre a pista, como confirmou Jerusa, trouxe mais segurança para ela desenvolver a corrida nas diferentes fases. 

Logo após a prova, Jerusa se mostrou feliz com o resultado e disse que estava até sem palavras pela conquista, e destacou a luta de anos em busca deste ouro, desde Pequim 2008. “Estou muito emocionada, nem consigo expressar o quanto. Mas agradeço a todos (as) que estiveram com a gente nesta longa jornada até chegarmos neste ouro Paralimpico. É a terceira competição que eu chego como favorita, mas agora o Criador nos permitiu esta conquista e finalmente sairemos daqui com a medalha que faltava para nós. Glória a Deus! ”, falou Jerusa.

Família, fé e esperança

Uma torcedora em especial estava presente no Stade de France, nesta conquista histórica de Jerusa e Gabriel, a mãe da velocista, a D. Sheila Geber vibrou mais uma vez ao lado do genro ao ver a vitória da dupla brasileira.

Com a voz embargada pela emoção, após a vitória, ela destacou “hoje eu estou muito emocionada, pois, desde 2016, acompanho a Jerusa e hoje foi o dia mais especial da minha vida, já que ela conseguiu a grande conquista da vida dela ao ganhar esta medalha de ouro na Paralimpiadas”.

Já para o marido de Jerusa e treinador, a fé é o grande combustível para esta grande conquista e todas as vitórias do Time da Jerusa, incluindo a conquista deste quinto pódio paraolímpico, além dos mundiais paraolímpicos. 

“O Criador mostrou ao longo do tempo tudo o que eu precisava fazer e que por meio da fé e união poderíamos conquistar esta medalha e foi isso que fizemos até chegar aqui. Como instrumento do Criador, filtramos bem, formatamos treinos e colocamos as pessoas certas no momento adequado. Estamos felizes, vivemos este momento para agradecer ao Criador que nos sustentou em cada etapa e mostrou que por meio da fé podemos alcançar tudo nessa vida”, disse Luiz Henrique.

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