Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Medalha que demorou tantos anos, diz Bruno Lins sobre bronze olímpico

CAS rejeita recurso e revezamento brasileiro conquista status olímpico

ROGÉRIO MATIVE E SÉRGIO BORGES

Em 31/05/2018 às 19:20

É uma felicidade imensa que fica dentro do peito, diz Lins sobre a confirmação do bronze olímpico

(Foto: SÉRGIO BORGES/NOFOCO)

A Corte Arbitral do Esporte anunciou, nesta quinta-feira (31), a manutenção da sanção imposta pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) ao atleta jamaicano Nesta Carter e aos seus companheiros de revezamento 4x100m, que buscavam recuperar o ouro olímpico. Com isso, quatro brasileiros herdam, em definitivo, a medalha de bronze dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008. "Uma medalha olímpica é o topo que um atleta pode chegar em sua carreira", comemora Bruno Lins, que treina em Presidente Prudente.

"A gente já estava esperando, mas apreensivos, pois de certa forma é uma medalha que demorou tantos anos para vir até nós. Hoje, eu só quero pensar na medalha aqui, que nós vamos receber depois de tantos anos. É uma felicidade imensa que fica dentro do peito. Então agora eu só quero comemorar essa decisão oficial e ficar feliz, é a única coisa que passa a minha cabeça", fala Lins, em entrevista ao Portal.

Em 2017, o Comitê Olímpico Internacional (COI) desclassificou a equipe do revezamento 4x100m rasos da Jamaica. A punição ocorreu após o velocista Nesta Carter ser flagrado com a substância Metilhexanamina em reanálise das amostras de urina. O grupo era formado ainda por Usain Bolt, Asafa Powell, Michael Frater e Dwight Thomas.

A decisão do COI, mantida pela CAS, beneficiou Trinidad e Tobago, que herdará o ouro, Japão, que ficará com a prata, e o Brasil, que levará o bronze. O time formado por Vicente Lenílson,  Sandro Viana, Bruno Lins e José Carlos Moreira (Codó). Eles cravaram a quarta colocação com a marca de 38s24.

"Eu sempre assisto o vídeo [da corrida] e vejo a gente acabando em quarto lugar. A sensação que dá parece que se você pudesse fazer algo para mudar e subir ao pódio naquele momento a gente estaria subindo, porque foram apenas sete centésimos que nos separaram do terceiro lugar. Nós corremos muito bem, nos preparamos muito bem naquele ano e no ano anterior", relembra Bruno Lins.

Questionado sobre o "peso" da medalha em sua carreira e o que o bronze pode mudar em sua trajetória, o velocista aposta no "status olímpico". "Olha, mudar hoje a gente ainda não sabe, já que não sabemos em que realidade a gente vai viver. Mas realmente uma situação inédita em nossa vida receber a medalha depois de tantos anos", diz.

"Obviamente o status de medalhista olímpico é o que todo atleta sonha e busca. Ainda estou em atividade, então essa medalha vem representar todo o trabalho que venho fazendo durante esses anos", fala.

Coroação

Longe da polêmica envolvendo os rivais, Codó frisa que a medalha de bronze é a "coroação" de uma luta nas pistas de atletismo.

"É uma alegria e uma honra enorme saber que realmente conquistamos esta medalha. Afinal, é uma medalha especial, um bronze olímpico, que vem coroar um sonho de uma vida e toda uma luta por anos. Agora, só comemorar e aguardar para realmente colocar ela no peito, pois no coração e na mente ela já se encontra presente há anos", pontua.

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