ROGÉRIO MATIVE
Em 27/06/2013 às 07:27
Iniciada à 0h desta quarta-feira (27), a greve de motoristas e cobradores atinge 100% de adesão. Agora pela manhã, poucos prudentinos arriscavam esperar pelo serviço em pontos de ônibus da cidade. Ocorre concentração de funcionários em frente às garagens da Pruden Express e TCPP.
Desde maio, categoria e setor patronal tentam chegar a um acordo sobre o reajuste salarial, além de outros pedidos realizados pelos trabalhadores.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Terrestres de Presidente Prudente e Região, os funcionários do transporte coletivo da cidade aceitaram a proposta de 8,2% de reajuste, aumento do vale-alimentação para R$ 270. Porém, as empresas negaram a reivindicação de reduzir a jornada de trabalho, das atuais 220 horas/mês para 180 horas/mês, imediatamente.
"As empresas concordaram em fazer a redução de jornada a partir de 1º de janeiro. Precisamos de um período para adaptar a escala de serviços e contratar mais motoristas. Isso não ocorre de uma hora para outra", diz o diretor do Centro de Gerenciamento Operacional (CGO) - que integra as duas empresas -, José Ricardo Góis.
Ele espera chegar a um acordo com os trabalhadores nas próximas horas. "O impasse está nessa situação. Esperamos chegar a um consenso nas próximas horas. A população está sendo prejudicada, mas as empresas fizeram o que poderia ser feito para não ocorrer isso", afirma.
Dos 124 ônibus pertencentes à frota que atende o município, todos estão parados. Motoristas que tentaram deixar as garagens foram barrados por grevistas e convidados a participar do ato.
A Polícia Militar está presente nos pontos de concentração de trabalhadores monitorando o movimento grevista.
Alternativa
Nas primeiras horas da manhã, poucos prudentinos arriscaram a enfrentar o frio na espera de ônibus nos pontos de embarque.
Para muitos, a alternativa foi chegar ao trabalho utilizando os serviços dos mototáxis. "Não posso chegar na empresa atrasado. O jeito é pagar um pouco mais e ir de moto", fala Diego do Santos, 22 anos.
Surpreendidas pela greve, algumas pessoas aguardavam por uma carona. "Vou esperar para ver se passa algum conhecido. Mototáxi é caro, não tem como encarar. Vou esperar mais um pouquinho", fala Irene Rodrigues, 55 anos.
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