Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

TCE rejeita contas da Prudenco por resultados negativos

ROGÉRIO MATIVE

Em 03/04/2014 às 12:09

A empresa de economia mista Prudenco continua sendo uma pedra no sapato dos agentes públicos de Presidente Prudente. Com histórico de condenações de ex-dirigentes e de até ex-prefeitos devido sua dívida e participação em obras de manutenção no município, a empresa teve as contas de 2010 rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP).

O motivo, segundo o TCE, continua o mesmo: crescimento das dívidas e resultados negativos no balanço geral. De acordo com o tribunal, o prejuízo em 2010 foi de R$ 2,90 milhões, sendo que o acumulado soma R$ 42 milhões, superando a receita operacional do exercício de R$ 39 milhões.

O TCE apontou índices de liquidez e endividamento "extremamente desfavoráveis", revelando a situação de insolvência total da companhia, entre outros pontos.

Tentando arrumar a casa

Em justificativa, a Prudenco alega que embora ainda deficitária, houve uma melhora da situação financeira em relação aos anos de 2008 e 2009. A empresa ressaltou o "esforço dos dirigentes na adoção de medidas de saneamento, diminuindo a folha de pagamento, gerenciando o orçamento, e controlando as despesas administrativas".

Por último, a Prudenco justifica que houve a correção de diversos impostos em atraso, sem desembolso financeiro imediato, além de renegociar a divida de anos anteriores e regularizar pagamentos a fornecedores.

TCE negou

Para o auditor Márcio Martins de Camargo, as justificativas não se mostraram eficazes. "No sentido de justificar o crescente e recorrente resultado contábil negativo da entidade, revelando que as ações e medidas noticiadas ainda se mostram pouco eficazes na busca do equilíbrio das contas, e de afastar o risco de descontinuidade operacional da empresa", diz.

"Repetiu-se como nos três últimos exercícios, resultados contábeis negativos, lastreados por índices de liquidez e endividamento ainda desfavoráveis, esse agravado com a ampliação das dívidas de curto prazo", pontua Camargo.

O TCE oficiou a Prefeitura e Câmara Municipal para as providências necessárias, uma vez que o atual diretor da Prudenco, Mateus Godói, terá que pagar uma multa de R$ 4.028,00 no prazo de 30 dias após notificação. Cabe recurso.

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