Da Redação
Em 25/05/2023 às 15:36
Até 20% dos cães têm algum tipo de infecção auricular
(Foto: Arquivo/Divulgação)
"As otites externas provocadas por esse micro-organismo estão normalmente associadas a casos crônicos, que são os mais desafiadores em termos de tratamento devido à resistência aos antimicrobianos", explica a médica-veterinária Stefanie Poblete, da Syntec do Brasil.
Segundo Stefanie, embora as otites sejam enfermidades de origem multifatorial, podendo ser causadas por parasitas, corpos estranhos e doenças de pele, as bactérias e os fungos são os maiores responsáveis e desempenham um papel importante na causa da infecção.
O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal [Sindan] estima que até 20% dos cães têm algum tipo de infecção auricular. "Já a forma crônica pode representar mais de 70% das otopatias", fala.
A veterinária alerta para os principais sinais da doença. "A otite causada por pseudomonas aeruginosa, assim como as causadas por outros agentes infecciosos, caracteriza-se na maioria dos casos por sinais de inflamação grave – eritema, edema, dor –, ulceração na parte interna dos condutos e secreção purulenta", frisa.
"O diagnóstico é feito em exames clínicos realizados por meio da otoscopia, citologia e cultura e antibiograma do cerúmen. A limpeza correta do ouvido e o tratamento tópico desempenham papel fundamental no sucesso terapêutico das otites. A avaliação veterinária é essencial para o rápido diagnóstico e tratamento do seu animal", enfatiza.
De acordo com ela, há uma pomada otológica à base de ciprofloxacina, clotrimazol e betametasona, indicada para o tratamento das otites externas agudas e crônicas causadas por bactérias, fungos e leveduras. "Sua tripla ação oferece potente efeito anti-inflamatório e fungistático, além de combater também a Pseudomonas aeruginosa", finaliza.
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