Unimed Prudente
Em 14/01/2021 às 10:18
Segundo pediatra, cozinha e área de serviço são os ambientes que requerem atenção redobrada
(Foto: Antonio Diaz/Getty Imagens)
Criança em casa é sinônimo de alerta! Acidentes domésticos envolvendo os pequenos de diversas idades são mais comuns do que se imagina. Anualmente, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), aproximadamente 200 mil ocorrências são registradas em todo o país, sendo as principais: queimaduras, quedas e afogamentos. Em períodos do ano em que meninos e meninas ficam mais tempo em casa, estima-se um aumento de 25% nos casos.
Para minimizar os riscos, o pediatra da Unimed Presidente Prudente e membro da Sociedade Brasileira de Pediatria, Aparecido Nórcia, revela que a criança necessita, em tempo integral, da supervisão de um adulto: “É quando ocorre o descuido que um acidente acontece”, diz.
Segundo ele, cozinha e área de serviço são os ambientes que requerem atenção redobrada, pois propiciam intoxicação, queimaduras e cortes, “podendo levar a lesões definitivas”.
“É preciso ter atenção ao acesso dos pequenos às gavetas com facas, porque eles se cortam com muita facilidade. Além disso, queimaduras com água quente e forno ligado são muito comuns. É indicado deixar os cabos de panelas em uma posição que não sejam alcançados, se possível, colocando nas ‘bocas’ de trás do fogão”, orienta.
Já sobre a área de serviço, o médico lembra que algumas pessoas têm o hábito de fracionar produtos de limpeza, que muitas vezes são coloridos, em garrafas pets, deixando ao alcance das crianças embaixo de pias ou tanques.
“Infelizmente, se a criança encontrar, ela vai querer beber, o que pode levar ao óbito. Ou ainda em espaços como esse, ela pode tentar escalar prateleiras, cair e bater a cabeça”, acrescenta o pediatra.
Quanto aos demais cômodos da casa, Nórcia destaca os que possuem móveis pontudos ou com tampos de vidro. O ideal, segundo ele, é que os móveis tenham cantos arredondados: “Afinal, casa que tem criança, precisa ser casa para criança”, fala.
Outros objetos que podem trazer riscos são canetas, pentes de cabo fino, brinquedos ou decorações pequenas: “A criança pode colocar na boca, sair correndo e engasgar. Estou falando de casos que eu já atendi no pronto-socorro”, detalha.
Para o pediatra, ambientes que também merecem atenção são casas ou condomínios com piscinas. Ele explica que devem ser cercadas para que seja evitado o acesso dos pequenos. Além disso, em prédios e sobrados, é preciso ter atenção às escadas e elevadores.
Com crianças maiores, os riscos de acidentes aumentam em ambientes externos, quando saem para rua com bola, bicicleta ou patinete.
“É saudável que a criança brinque, mas sempre com a supervisão de um adulto. Apesar da vida corrida que a gente leva, elas não podem ficar sozinhas. É preciso se organizar”, completa Nórcia.
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